Em nota, Sindicarnes relata que, por causa das barreiras, os caminhões estão impedidos de entregar as carnes nos açougues e distribuidores Geladeira com carnes começa a ficar vazia em supermercados
Érico Andrade/Divulgação
No 8º dia de paralisação dos caminhoneiros em todo o país, diversos setores estão sofrendo com o desabastecimento, por causa dos bloqueios nas estradas que impedem que o transporte de mercadorias e insumos. Em nota, o Sindicarnes – que representa o setor – relata que com estoques já reduzidos, alguns cortes de já começarão a faltar a partir desta terça-feira (29). No Ceará, a paralisação afeta serviços nos supermercados, farmácias, trânsito, Ceasa e aeroportos.
Os caminhoneiros de todo o país reivindicam redução de impostos sobre o preço do diesel, como PIS/Cofins e ICMS, e o fim da cobrança de pedágios dos caminhões que trafegam vazios nas rodovias federais concedidas à iniciativa privada.
Neste domingo (27), o presidente Michel Temer anunciou a redução de R$ 0,46 no litro do diesel por 60 dias, o estabelecimento de uma tabela mínima dos fretes e a isenção da cobrança de pedágio para eixo suspenso de caminhões vazios, em rodovias federais, estaduais e municipais.
Da redução de R$ 0,46 por litro de diesel, R$ 0,30 virão da manutenção do desconto de 10% feito pela Petrobras. Os outros R$ 0,16, do corte da Cide e redução do PIS-Cofins. Segundo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia a primeira medida vai custar R$ 9,5 bilhões aos cofres públicos. Desse total, R$ 5,7 bilhões virão de uma reserva orçamentária e, os outros R$ 3,8 bilhões, do corte de despesas. O governo ainda vai detalhar onde será feito este corte.
Nota
Na nota, o Sindicarnes relata que, por causa das barreiras, os caminhões estão impedidos de entregar as carnes nos açougues e distribuidores. “Se faz necessário providências urgentes por parte do nosso governador do Estado do Ceará, para que estes produtos cheguem aos seus devidos destinos e em segurança. Ou se for o caso, intervenção do Exército”, diz o Sindicarnes.
Fim da Paralisação
O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) disse não haver previsão de quando a paralisação dos caminhoneiros irá acabar, porque não há uma liderança única do movimento. “São vários líderes. Ouvimos vários desses líderes e, do que ouvimos, elaboramos essa pauta que nós entendemos que atende aos pleitos dos caminheiros e fomos ao máximo do que o governo poderia ceder”, disse.