
O Presidente disse que “a política migratória de fronteiras abertas é uma ameaça direta ao bem-estar de todos os americanos”
Na sexta-feira (28), enquanto abordava o avanço do coronavírus num comício de campanha em North Charleston (SC), o Presidente Donald Trump disse que a política migratória instituída pelos democratas era uma “ameaça direta”.
“Nós devemos entender que a segurança na fronteira também é segurança na saúde”, disse ele. “Tanto seja o vírus que estamos falando ou muitas outras ameaças de saúde, a política migratória de fronteiras abertas é uma ameaça direta ao bem-estar de todos os americanos”.
Além disso, Trump abordou a criação dele de uma força-tarefa na Casa Branca, a qual ele considerou “uma coisa grande”.
“Eu pedi US$ 2.5 bilhões para garantir que tenhamos os recursos que precisamos. Os democratas disseram, ‘isso é terrível. Ele está fazendo a coisa errada. Ele precisa de US$ 8.5 bilhões, não US$ 2.5 (bilhões)”, disse Trump. “Eu nunca tive aquilo antes, pedi dois e meio e eles me deram oito e meio, então, eu disse, eu pego! Eu nunca tive aquilo antes”.
O líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, propôs o fundo de emergência de US$ 8.5 bilhões para combater o avanço do coronavírus nos EUA, depois que os democratas disseram que o pedido de verba de Trump era “pequeno e tarde demais”.
“A América deve se preparar, e combater agressivamente, todas as doenças infecciosas com urgência e vigor”, dizia o comunicado de imprensa emitido pelos democratas no Senado. “Para fazer isso, nós precisamos de um plano amplo e recursos robustos para executar a missão. Até o momento, a administração Trump tem falhado em desenvolver um plano e pedir recursos apropriados ao Congresso”.
Trump foi criticado por ter colocado o Vice-Presidente Mike Pence como o responsável pela força-tarefa contra o coronavírus na Casa Branca. Pence foi lembrado pelo trabalho péssimo executado no controle do HIV na Indiana.
“Mike trabalhará com profissionais, doutores e todos que estão envolvidos”, disse Trump. “O Mike será o responsável e ele me atualizará dos fatos”.
O secretário do Departamento de Saúde & Serviços Humanos, Alexander Azar, é o líder da força-tarefa. Pence também foi indicado como embaixador interino, com Deborah Birx, coordenadora do United States Global AIDS, para a força-tarefa. Ela será subordinada a Pence e terá o apoio do Conselho Nacional de Segurança.
Entretanto, o histórico de Pence na área da saúde é problemático. Em 2015, quando ainda era governador da Indiana, ele demorou a aprovar o programa de troca de agulhas intravenosas em decorrência da epidemia de HIV no estado. Na ocasião, ele disse que “iria para casa e rezaria sobre isso”.
Pence terminou aprovando o programa de troca de agulhas, mas disse aos repórteres em março de 2015, “eu direi a vocês, eu não apoio a troca de agulhas como política antidrogas, mas trata-se de uma emergência na saúde pública”.
Fonte: Brazilian Voice