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Indocumentada era camareira de Trump em campo de golfe

  • EUA

O Trump National Golf Club, em Bedminster (NJ), é uma das várias propriedades do atual Presidente dos EUA
Sandra Diaz, portadora do green card, relatou que trabalhou no Trump National Golf Club entre 2010 e 2013, quando ainda era indocumentada
Durante mais de 5 anos trabalhando como camareira no Trump National Golf Club em Bedminster, Victorina Morales arrumou a cama de Trump, limpou o banheiro dele e tirou o pó dos troféus de cristal. Quando ele visitou o local como presidente, ela foi instruída a usar um “botom” em formato da bandeira americana adornada com o logotipo do Serviço Secreto. Devido ao apoio “destacado” que ela proveu durante as visitas de Trump, em julho, Morales recebeu um certificado do Departamento de Comunicações da Casa Branca com o nome dela inscrito. Uma conquista significativa para uma camareira indocumentada.
A jornada de Morales desde cultivar milho na zona rural de Guatemala a ajeitar travesseiros num campo exclusivo de golfe a levou a fronteira sudoeste, onde ela disse que cruzou clandestinamente em 1999, à zona rural em New Jersey, onde ela foi contratada no balneário de Trump em 2013, com documentos que ela alega terem sido falsos. Além disso, Victorina detalhou que não era a única trabalhadora indocumentada no campo de golfe.
Sandra Diaz, de 46 anos, natural de Costa Rica e que agora é residente legal permanente (green card), disse que também era indocumentada quando trabalhou em Bedminster entre 2010 e 2013. As duas mulheres relataram que durante diversos anos como parte da equipe de camareiras, técnicos de manutenção e jardinagem no campo de golfe que incluía um número considerável de trabalhadores indocumentados, embora não saibam precisar quantos. Não existem evidências que Trump ou os executivos das Organizações Trump soubessem do status migratório deles. Entretanto, pelo menos 2 supervisores no balneário sabiam disso, relataram as mulheres, e agiram para ajudar aos trabalhadores a não serem descobertos e, assim, manter os empregos.
“Há muitas pessoas sem os papéis”, disse Diaz, acrescentando ter visto muitos indivíduos serem contratados os quais ela sabia que eram indocumentados.
Trump tem feito da segurança nas fronteiras e a luta para proteger as vagas de trabalho dos americanos a base de sua administração, ou seja, do muro na fronteira que ele prometeu construir à batidas migratórias nos locais de trabalho e auditorias nas folhas de funcionários que o governo atual tem realizado. Durante a campanha presidencial dele, quando o Trump International Hotel foi inaugurado em Washington-DC, Trump alardeou que tinha utilizado o sistema eletrônico de verificação, E-Verify, para garantir que somente aqueles que fossem autorizados legalmente pudessem ser contratados.
“Nós não temo um imigrante ilegal sequer no trabalho”, disse Trump na época.
Entretanto, durante o período de campanha e da administração Trump, Morales, de 45 anos, tem trabalhado no campo de golfe em Bedminster, onde ela ainda está na lista de funcionários. Um funcionário do local transporta diariamente ela e um grupo de trabalhadores, pois é sabido que eles não podem obter legalmente carteiras de motorista.
Morales e Diaz contataram o jornal The New York Times através do advogado delas em New Jersey, Aníbal Romero, que as representa em assuntos migratórios. Morales reconheceu que poderia ser demitida ou deportada como resultado de sair das sobras, embora ela tenha aplicado para proteção sob as leis de abismo. Além disso, ela está avaliando se inicia outro processo judicial, no qual alega discriminação e abuso no local de trabalho.
 
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Fonte: Brazilian Voice