Carlos Otávio Guimarães e Jemima Gonçalves foram condenados nos EUA
O médico Christopher Brann e o filho Nicholas (Nico)
Carlos Otávio Guimarães foi condenado a 3 meses de prisão e Jemima Gonçalvez a 1 mês de detenção
Na quarta-feira (12), o casal Carlos Otávio Guimarães e Jemima Gonçalves foi condenado a pena mínima por ajudar a filha a sequestrar o neto, nascido nos EUA. A criança estava vivendo no Brasil há 5 anos depois de ser levada do Texas. As informações são da rede de notícias ABC News.
Carlos foi sentenciado a 3 meses de prisão e a esposa dele, Jemima, a 1 mês de detenção durante a audiência realizada na Corte Federal de Hudson (TX). O casal disse ao juiz que acreditavam que não haviam feito nada de errado e que estavam simplesmente apoiando a filha, pois pensavam que ela era vítima de abuso doméstico.
Os brasileiros foram presos em fevereiro depois de o voo deles aterrissar em Miami (FL). Em maio, um corpo de jurados os considerou culpados de sequestro, mas os inocentou com relação à acusação de conspiração.
A filha do casal, Marcelle Guimarães, que violou a ordem de custódia num caso de divórcio, é considerada fugitiva e permanece no Brasil com o filho, Nico (Nicolas), que atualmente tem 9 anos de idade. O pai da criança é o médico americano, Christopher Brann.
. Entenda o caso:
Em Bayou City (TX), o sonho de Brann tornou-se pesadelo. Ele conheceu Marcelle Guimarães num grupo de estudos sobre Finanças no Cuidado de Saúde na Rice University, que ambos participaram em 2004. Eles começaram a namorar em 2005, casaram-se em 2008 e tiveram Nicolas (Nico) no Memorial Hermann Hospital em 2009.
Christopher relatou que sempre quis ter um filho e lembrou-se com carinho as noites que passou cuidando do bebê, carregando-o no colo e o observando crescer. Ele estava pronto para cuidar do filho, pois os anos de residência médica o treinaram para acordar imediatamente e estar alerta ao som do despertador. Entretanto, o relacionamento com a esposa entrou em crise. Ideologias diferentes separaram o casal, detalhou Brann. Guimarães teria alegado “diferenças irreconciliáveis”, quando iniciou o processo de divórcio em 2012.
O ex-casal compartilhava igualmente a custódia do filho até que a brasileira pediu autorização para levar a criança para visitar os pais delas na região metropolitana de Salvador (BA) e assinou um documento para retornar aos EUA na data determinada. Dias antes do retorno, Guimarães tinha pedido mais tempo; enquanto buscava secretamente a custódia unilateral de Nicolas (Nico) no Brasil.
Durante a luta de Brann para reaver o filho, ele descobriu que somente o Departamento de Estado pode interceder com um governo estrangeiro. O processo é feito através da Convenção de Rapto de Haia de 1980; um acordo assinado por 73 países, incluindo os EUA e o Brasil. “Caso um dos pais sequestra uma criança num país que é parceiro na Convenção de Haia, nós trabalhamos com aquele país para o retorno dessa criança ao local de residência habitual”, explicou um representante do Departamento de Estado. “Um tribunal no país de residência habitual poderá, então, resolver a questão da custódia”.
Entretanto, as leis internacionais têm impactado pouco o caso de Brann. Os vários anos de apelações nos tribunais brasileiros aumentam o receio do médico de que o filho, já entrando na pré-adolescência, esteja crescendo num estilo de vida e idioma nos quais ele não poderá fazer parte. Ele relatou que se sente decepcionado como Guimarães e a família dela o trataram como um “simples doador de esperma”. Atualmente, Brann é casado novamente e planeja ter mais filhos.
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