A Suprema Corte dos EUA bloqueou na quinta-feira, 27, a pergunta sobre a cidadania em questionário do Censo 2020, para levantamento populacional. Por enquanto, a pergunta se o entrevistado é ou não cidadão americano não será feita, mas cabe à administração federal refazer a justificativa para nova análise.
A Casa Branca argumentou que a questão – que não é feita desde 1950 – reforçará as proteções para os eleitores. Mas os opositores dizem que a inclusão da pergunta pode impedir as famílias de imigrantes de participarem devido ao receio de que os dados possam ser compartilhados com as agências de segurança pública.
Por 5 votos a 4, a decisão está sendo vista como uma derrota para o presidente Trump, que disse não ver sentido no censo sem a pergunta. “Parece totalmente ridículo que nosso governo, e de fato o País, não possa fazer uma pergunta básica sobre Cidadania em um Censo muito caro, detalhado e importante, neste caso para 2020”, escreveu no twitter.
Na votação, o chefe da Suprema Corte, John Roberts, juntou-se aos juízes liberais da corte, dizendo que a administração não forneceu justificativa adequada para a questão. Para ele, as explicações dadas pelo Departamento de Comércio para inclusão da pergunta não foram satisfatórias.
Porém, a disputa se entra ou não uma pergunta sobre cidadania não acabou. Ao enviar o caso de volta a um tribunal inferior, Justice Roberts deixou em aberto a possibilidade de que a administração Trump possa fornecer a justificativa necessária para acrescentar uma questão.
Pela proposta da Casa Branca, a questão que os habitantes teriam que responder no questionário é: “Esta pessoa é um cidadã (o) dos Estados Unidos?” A questão da cidadania não aparece em um censo americano geral desde 1950, embora tenha sido solicitada a alguns subconjuntos da população entre 1970 e 2000.
A contagem da população, uma vez por década, ajuda o governo dos EUA a preparar os colégios eleitorais para eleições estaduais e locais, e determina quanto financiamento federal cada estado recebe – uma questão de centenas de bilhões de dólares.
O secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross – o financista bilionário que supervisiona o Escritório do Censo – declarou ao Congresso no ano passado que o pedido para a questão da cidadania veio do Departamento de Justiça. Com informações da BBC.
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Fonte: Gazeta News