A guerra comercial entre Estados Unidos e China atingiu um novo pico nesta terça-feira (16), quando o presidente Donald Trump anunciou um tarifa total de 245% sobre produtos importados da China. A medida, segundo ele, é uma resposta à “falta de respeito” do governo chinês e visa proteger a economia americana de práticas comerciais consideradas desleais.
O novo pacote de tarifas inclui também a retomada da alíquota integral de 25% sobre o aço e a equiparação da tarifa para o alumínio. O endurecimento faz parte de uma escalada de medidas que começou com uma tarifa inicial de 20% e foi sendo aumentada progressivamente até atingir o novo patamar.
A China retaliou com aumentos sucessivos nas taxas sobre produtos americanos, que agora também estão em 125%. Em contrapartida, Pequim suspendeu a exportação de seis metais raros essenciais para indústrias de automóveis, chips, defesa e aeroespacial, o que gerou mais tensão.
Além das tarifas, Trump assinou ordens executivas para investigar o impacto da importação de cobre, madeira e minerais estratégicos sobre a segurança nacional. O Secretário de Comércio, Howard Lutnick, foi encarregado de avaliar vulnerabilidades na cadeia de suprimentos e sugerir formas de incentivar a produção interna.
Apesar do clima de confronto, a economia chinesa apresentou crescimento de 5,4% no primeiro trimestre de 2025, superando as expectativas do mercado. Ainda assim, autoridades chinesas alertaram para desafios externos e a fraca demanda interna.
Trump, por sua vez, mantém o tom firme: “Não precisamos fechar acordo com eles, é a China que precisa do nosso dinheiro”, afirmou, indicando que dificilmente recuará no impasse com o presidente Xi Jinping.
Fonte: Nossa Gente