Ele confessou os crimes que constam na denúncia da Operação Saqueador, em que é acusado de participar de organização criminosa e lavagem de dinheiro por meio de empresas de Adir Assad e Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Os operadores viabilizaram, segundo o Ministério Público Federal, dinheiro vivo para o caixa dois da empreiteira a fim de viabilizar o pagamento de propina a polÃticos. O total gerado em espécie foi de R$ 370 milhões, valor próximo ao do oferecido pelo empresário.
Em depoimento no ano passado, Cavendish confessou a geração de caixa dois, mas afirmou que pagou propina apenas ao ex-governador Sérgio Cabral (MDB) –único mencionado na acusação.
Os demais recursos, afirmou o empresário, foram usados para pagamentos corriqueiros “por fora”, tais como “complementação salarial” de funcionários, alimentação, locação de carros e pequenos serviços.
Cavendish ofereceu os benefÃcios para “reparar os possÃveis danos causados”. A defesa do empresário afirma que os recebÃveis “decorrem integralmente de atividades lÃcitas”.
A planilha de recebÃveis apresentada pela Delta à Justiça aponta como “incontroverso” um total de R$ 205,1 milhões. Quanto a outros R$ 170 milhões a empreiteira admite haver divergências.
