
A pandemia de COVID-19 deixou marcas profundas na Flórida, transformando o estado de diversas maneiras nos últimos cinco anos. Além das cicatrizes emocionais e das mais de 87 mil mortes, as mudanças políticas, sociais e econômicas moldaram um novo cenário.
O governador Ron DeSantis consolidou a Flórida como um bastião da “liberdade médica”, rejeitando diretrizes federais sobre vacinas e máscaras. Esse posicionamento impulsionou um crescimento impressionante do Partido Republicano, que passou a ter 1,2 milhão de eleitores a mais que os democratas. Paralelamente, a confiança na medicina caiu, com um número crescente de pais rejeitando vacinas infantis, fazendo a taxa de imunização de crianças cair para níveis perigosos.
Na educação, o ensino remoto trouxe desafios e fortaleceu o movimento por escolas independentes e ensino domiciliar. A crise habitacional foi outro reflexo do período pandêmico, com um aumento populacional impulsionado pelo trabalho remoto. O preço médio das casas saltou de US$ 230 mil para US$ 360 mil, e os aluguéis dispararam, tornando a habitação um desafio crescente.
Por outro lado, a pandemia acelerou tendências como o home office e a telemedicina, que agora são parte integrante da rotina de muitos. Restaurantes e atrações turísticas adotaram reservas e pedidos online, enquanto hospitais modernizaram suas instalações para enfrentar futuras crises sanitárias.
A Flórida pós pandemia é um estado irreversivelmente transformado, com impactos que vão da política à saúde pública e economia. As mudanças ocorridas nos últimos cinco anos mostram que a COVID-19 não foi apenas uma crise temporária, mas um divisor de águas na história do estado.
Fonte: Nossa Gente