Um novo relatório da American Lung Association revelou que quase 156 milhões de pessoas nos Estados Unidos — cerca de metade da população — vivem em regiões com níveis perigosos de poluição do ar. O número representa um salto de 25 milhões em relação ao ano passado. Segundo especialistas, propostas do governo para afrouxar regras ambientais devem tornar ainda mais difícil garantir ar limpo para a população.
A poluição por partículas finas, que pode vir da queima de combustíveis fósseis, incêndios florestais, agricultura e até obras, é especialmente preocupante. Essas partículas são tão pequenas que atravessam as defesas naturais do corpo, se alojam nos pulmões e podem atingir a corrente sanguínea. Elas estão ligadas a problemas como câncer, AVC, demência e até nascimentos prematuros. De acordo com o relatório, o nível de poluição por partículas no curto prazo foi o mais alto em 16 anos.
Entre as cidades mais afetadas estão Bakersfield, Visalia, Fresno e Los Angeles, todas na Califórnia. Chicago, apesar de não estar no topo do ranking, também sofre com impactos sérios, assim como Detroit, Houston, Cleveland, Phoenix e Denver.
Além das partículas, a poluição por ozônio — mais conhecida como smog — também preocupa. O composto se forma quando a luz solar interage com gases emitidos por carros, usinas e indústrias. A exposição prolongada ao ozônio pode reduzir a função pulmonar e causar morte precoce. E com o governo sinalizando que vai revisar regras criadas na era Biden para limitar a poluição, especialistas temem um retrocesso perigoso.
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Fonte: AcheiUSA