Os imigrantes vinham do Irã, Paquistão e Afeganistão e o barco teria naufragado após colidir em pedras por causa do mau tempo na região, de acordo com informações da agência de notícias Adnkronos. A busca por sobreviventes e por corpos também foi prejudicada por causa do mau tempo ao longo do dia.
Sobreviventes contaram aos resgatistas que entre 180 e 250 pessoas estavam no barco, reporta a Ansa. Já a agência de notícias Adnkronos diz que o número de pessoas embarcadas passava de 100. O Mediterrâneo é o local do mundo com mais imigrantes desaparecidos, de acordo com o projeto Missing Imigrants (Imigrantes Desaparecidos), da Organização Internacional para as Migrações. Desde 2014, foram cerca de 26 mil pessoas.
O naufrágio ocorre apenas poucos dias após o Parlamento italiano aprovar regras controversas sobre o resgate de imigrantes. A nova lei exige que os navios humanitários realizem apenas um resgate por vez, o que, para os críticos ao texto, aumenta o risco de morte no Mediterrâneo central, cuja travessia é considerada a mais perigosa do mundo para os migrantes.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, líder do partido de extrema direita Fratelli d’Italia (FDI), assumiu em outubro com a promessa de reduzir o número de imigrantes que chegam ao país. Neste domingo, Giorgia Meloni lamentou as mortes, que atribuiu à “ilusão de uma imigração sem regras” criada por aqueles que ajudam as pessoas em situação de vulnerabilidade a atravessarem as fronteiras. “Expresso minha profunda tristeza pelas vidas humanas perdidas pelos traficantes de pessoas”, afirmou Meloni. Já Carlo Calenda, ex-ministro e líder do partido centrista Azione, defendeu o resgate das vítimas do naufrágio de hoje. “As pessoas no mar devem ser salvas custe o que custar, sem penalizar quem as ajuda”, publicou no Twitter.
// G1.
Fonte: Brazilian Press