
O treinamento na academia de polícia começou em junho de 2018, durou 7 meses e em dezembro Adriano C. Ghisi estava graduado
Ainda na pré-adolescência, Adriano C. Ghisi chegou aos EUA quando tinha 11 anos de idade, para morar com seus pais, Altair e Solange Ghisi, que moravam na Geórgia. Natural de Criciúma (SC), ele tem três irmãs, das quais uma ainda vive nos EUA. As informações são do jornal Brazilian Times.
A reportagem publicada na revista Cia Brasil Magazine, relata a história de Adriano, casado com Vivian Ghisi, natural de Rondônia. O casal se conheceu num congresso da igreja que ambos frequentavam, em Boston (MA), ainda na adolescência. Vivian morava em Boston e, por isso, iniciaram um namoro à distância, o que durou 4 anos até se casarem. Atualmente, o casal tem dois filhos e ela está grávida do terceiro.
Ela é estudante na Allied Medical College e atualmente trabalha como representante da empresa farmacêutica Humira. Já Adriano estudou Teologia Escola Teológica das Assembleias de Deus (ETAD), no campus em Marietta (GA).
Entre as maiores dificuldades enfrentadas por Adriano foi a adaptação à nova língua e cultura, consequentemente, repetindo a 5ª série por causa do idioma inglês. Na época, ele fazia o ESOL (Inglês como segunda língua) na escola e aprendeu o espanhol. Ainda na Osborne High School, ele teve o primeiro contato com o Departamento de Polícia, que realizava programas comunitários com os alunos. Após a graduação, ele ingressou no mercado de trabalho imigrante, trabalhando como ajudante de construção; entregador na Pacesetter Deliveries, garçom e depois gerente no Marietta Diner, gerente na Brazilian Bakery Café, trabalhou na Adonai Auto Brokers e como gerente regional na Velox Insurance. Nesse período, Adriano começou a considerar a possibilidade de fazer parte do Departamento de Polícia. Ele buscou informações sobre a academia da polícia, mas descobriu que somente cidadãos americanos podiam se inscrever no programa.
Alguns anos depois, ele legalizou a situação migratória no país, se tornando residente legal permanente (green card) e depois cidadão dos EUA. Após receber o encorajamento de um amigo brasileiro, Lucas, que é policial em outro Condado na Geórgia, ele decidiu voltar à academia e se inscrever para servir no Departamento de Polícia do Condado de Cobb, em março de 2018, sendo aceito no programa. O treinamento na academia de polícia começou em junho do mesmo ano, durou 7 meses, e em dezembro ele estava graduado.
Adriano foi lotado no Precinct 4, que é responsável pela área de Sandy Plains e Johnson Ferry. Sua escolha para servir nessa unidade se deu pelo grande potencial que ele teria para ajudar a comunidade brasileira com tradução em português e espanhol, facilitando a interação da polícia com a comunidade.
“Ajudo muitos imigrantes quase que diariamente, principalmente com tradução do inglês. Há muitos brasileiros e latinos recém-chegados à Geórgia, que precisam dessa ajuda ao lidarem com situações em que a polícia está presente”, relatou Ghisi.
Fonte: Brazilian Voice