
A obra, patrocinada através de uma campanha no GoFundMe.com, foi iniciada numa propriedade privada no Novo México
Um grupo que levantou milhões de dólares numa campanha iniciada no GoFundMe.com informou que iniciou o projeto de construir sua própria parte do muro numa propriedade privada na fronteira com o México. Na segunda-feira (27), o “We Build the Wall”, um grupo fundado por veterano da Força Aérea, que teve as pernas e o braço direito amputados, informou através de uma série de postagens nas redes sociais que iniciou as obras numa propriedade privada no Novo México. O comunicado ocorreu meses depois que o grupo iniciou a campanha no GoFundMe.com quer visa angariar verba privada para a construção do polêmico muro ao longo de toda a fronteira dos EUA com o México. A ideia da campanha surgiu depois que um juiz federal impediu que o Presidente Donald Trump desviasse bilhões de dólares destinados ao Departamento de Defesa Nacional para a construção do muro.
“Apertem os cintos, nós estamos apenas iniciando!” Escreveu o grupo numa postagem em sua página no Facebook, compartilhando que disse ser imagens da construção tiradas ao longo do final de semana.
Na manhã de segunda-feira (27), uma equipe do canal de notíticas CNN observou tratores trabalhando no local nas proximidades de Novo México, Texas e divisa com El Paso. Kris Kobach, antigo secretário de segurança de Kansas e conhecido pela postura rígida com relação à imigração, disse “é impressionante como essas campanhas podem angariar com sucesso tanto dinheiro e como os americanos se preocupem com relação a isso”, que também conselheiro geral do “We Build the Wall”.
Quase a metade de meia-milha (0.80 km) está quase completa, relatou Kolbach, custando entre US$ 6 milhões e US$ 8 milhões. A principal empresa construtora, a Fisher Industries, com sede em North Dakota que Trump vem defendendo agressivamente para ela vença o contrato para construir o muro.
A notícia da construção privada do muro tende a mobilizar os ativistas oponentes ao projeto, ao mesmo tempo em que encorajará os apoiadores de Trump e uma de suas principais promessas de campanha. O antigo estrategista da Casa Branca, Steve Bannon, detalhou que parte do muro novo conecta duas partes de 21 milhas (33.7 km) de estrutura já existente. Entretanto, o CNN não confirmou se o novo muro realmente conecta as duas partes do muro construídas pelo governo federal.
“A Patrulha da Fronteira nos informou que essa é a milha número um para ser fechada. O terreno acidentado sempre foi excluído da lista do governo”, alegou Bannon. “É por isso que nos focalizamos; a terra privada não está no programa e as mais difíceis são excluídas primeiro”.
Perguntado se a nova construção é conectada ao muro existente ou se alguém do CBP está aconselhando o grupo ou direcionando os trabalhos, Roger Maier, porta-voz do CBP, informou que “o projeto está conectado aos nossos esforços”, acrescentando que qualquer pergunta deveria ser direcionada à companhia de construção responsável pelo projeto privado.
Kobach descreveu a área como “um espaço que precisava ser preenchido” para impedir o tráfico humano e de drogas. “A ideia principal é que nós queremos complementar o que o governo federal está fazendo”, disse ele. “Nós podemos complementar fechando esse espaço e tornar o muro em El Paso muito mais eficiente”.
Na segunda-feira (27), Kolfage e outros apoiadores da campanha comemoraram os esforços nas redes sociais. “Todos os que são contra disseram que era impossível”, postou Kolfage no Twitter. “Hahaha, onde vocês estão agora?”
Fonte: Brazilian Voice