Arquivo PessoalAdenilson Ferreira (1967-2017)15/01/201800h00Adê Ferreira se fascinou quando começou a frequentar ensaios de escola de samba, levado pela tia. Batiam ponto nas quadras da Rosas de Ouro e de agremiações da zona leste de São Paulo.
O garoto da Brasilândia cresceu e, no final dos anos 90, fez do lazer um dos seus ofícios. Formou-se em história e conciliava a vida de gerente numa empresa com a preparação minuciosa dos desfiles da Vai-Vai.
Era ala Kambinda, responsável por ajudar os chefes a colocar as alas na avenida. Puxava os componentes para cantar e precisava se manter atento para garantir a sincronia da apresentação.
A rotina intensa contrastava com seu jeito calmo, de riso contagiante. Era procurado para dar conselhos. “Me ensinou a amar a vida, sempre com palavras de conforto”, diz o amigo Léo Souza.
Também era reservado. Não gostava de sair em fotos e, quando o fazia, era acompanhado de amigos.
Nem nas horas livres abandonava o samba –viajava para ver os desfiles das escolas do Rio, frequentava rodas de samba de raiz e contava histórias dos bastidores.
Não se casou nem teve filhos.
