AP Photo/Evan Vucci15/01/201802h00Há boas razões para crer que a disputa eleitoral deste ano, além de acirrada como poucas vezes se testemunhou na história recente do país, será decisiva para o debate global em torno da disseminação de notícias falsas pela internet.
Afinal, no Brasil se combinam vasta população, graves deficiências em educação e leitura, um mercado jornalístico frágil em diversas regiões e, não por acaso, amplo emprego das redes sociais como fonte de informação.
Estima-se que abriguemos o terceiro maior contingente de usuários do Facebook, atrás apenas de Índia e Estados Unidos -onde o pleito vencido por Donald Trump em 2016 se tornou marco a evidenciar o potencial maléfico das assim chamadas “fake news”.
O republicano se beneficiou da propagação de mentiras como a de que teria o apoio do papa Francisco, entre muitas outras, mais verossímeis ou menos, criadas por entidades e interesses nebulosos. Lá como aqui, o combate a esse tipo de campanha embusteira não raro se assemelha à proverbial tarefa de enxugar gelo.
Para as eleições brasileiras, criou-se um grupo de trabalho formado por representantes da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
