

Os brasileiros presos faziam parte da gangue Primeiro Comando de Massachusetts (PCM)
Os 10 brasileiros presos durante uma operação especial em Massachusetts semana passada tinham ligações com o crime organizado no Brasil. Eles foram detidos tendo como base a lei “Racketeer Influenced and Corrupt Organization Act” (RICO); a qual permite processar organizações criminosas como gangues, máfia e quadrilhas de rua. Os suspeitos faziam parte da gangue Primeiro Comando de Massachusetts (PCM). Ao todo, foram detidas 14 indivíduos.
Os brasileiros presos são: Marcio Costa, conhecido como “Marcinho” e “Marcin”, de 28 anos, morador em Malden, o suposto líder do PCM foi acusado de conspiração RICO, conspirar para cometer roubo, conspirar para distribuir substâncias controladas e envolvimento com armas de fogo sem licença; João Pedro Marques Guimarães Gama, conhecido como “Baiano” e “Baianinho”, de 21 anos, indocumentado e residente em Malden, foi acusado de conspiração RICO, conspirar para cometer assalto, envolvimento em negócio de armas de fogo sem licença e ser um estrangeiro na posse de uma arma de fogo; Breno Henrique da Silva, de 20 anos, residente em Somerville, foi acusado de conspiração RICO, conspirar para cometer roubo e conspirar para distribuir substâncias controladas; Álvaro dos Santos Melo, de 22 anos, residente em Everett, foi preso e acusado de conspiração RICO, conspirar para cometer roubo e conspirar para distribuir substâncias controladas; Edson da Silva, de 19 anos, morador em Whitman, foi preso por acusações de sequestro, posse de armas de fogo, RICO e roubo; Igor Costa, de 20 anos, morador em Framingham, foi detido e acusado federalmente por RICO e conspirar para cometer roubo; Vinicius Gonçalves de Assis, residente em Revere, foi preso e acusado federalmente por conspiração RICO; Rodrigo Tavares, de 19 anos, morador em Stoughton, foi acusado de ser um estrangeiro com posse de uma arma de fogo e envolvimento com armas de fogo sem licença; Rony de Freitas, de 21 anos, morador em Lowell, foi acusado de envolvimento com armas de fogo sem licença; e Fernando de Oliveira, de 24 anos, indocumentado e morador em Brighton, foi acusado de ser um estrangeiro em posse de uma arma de fogo e envolvimento com armas de fogo sem licença. Eles eram membros da gangue Primeiro Comando de Massachusetts (PCM).
Na quinta-feira (25), eles compareceram ao tribunal para ouvir formalmente as acusações de tráfico de drogas e armas de fogo, roubos e sequestros em Massachusetts, informaram as autoridades. Os réus residem em várias cidades quando foram presos, incluindo Boston, Stoughton, Malden, Everett, Somerville, Brighton e Chelsea e anteriormente em Whitman, Framingham e Revere, todas em Massachusetts. Vários deles estão em situação migratória irregular nos EUA, detalhou o promotor público, Andrew Lelling, através de um comunicado.
As autoridades também apreenderam 27 pistolas, 2 espingardas de cano curto, 1 espingarda, 1 rifle e centenas de cartuchos de munição durante a batida policial.
Entre novembro de 2018 e abril de 2019, os réus foram monitorados vendendo armas para pessoas em Somerville, Malden, Lowell e Chelsea. Alguns dos negócios ocorreram no estacionamento de um supermercado e o outro em um estacionamento público. Durante uma venda de armas, um membro da gangue disse a um agente disfarçado que outro membro do PCM é procurado por assassinato no Brasil. Os membros da gangue falaram sobre um ataque em Connecticut, onde eles roubaram um traficante de drogas e mantiveram a filha do homem, com uma arma apontada para a sua cabeça.
As gangues violentas que proliferam a violência são um flagelo em nossas comunidades”, disse Lelling. “Nos últimos meses, membros e associados do Primeiro Comando de Massachusetts têm cometido crimes sérios e violentos: roubando descaradamente o comércio local, traficando drogas, armas de fogo ilegais e até sequestrando uma jovem”.
“Não vamos ficar de braços cruzados e permitir que esses criminosos interrompam a segurança e a paz de nossas comunidades”, acrescentou Lelling. “Que as prisões e acusações de hoje (25) sejam uma mensagem para os membros de gangues e seus associados: Se você ameaçar a segurança e o bem-estar dos residentes de Massachusetts, iremos prendê-lo e processá-lo usando todos os recursos federais à nossa disposição”, acrescentou.
. Penas prováveis:
Caso condenado por extorsão, conspiração e conspiração para cometer roubo, o acusado pode pegar até 20 anos de prisão por cada acusação, 3 anos de liberdade condicional, multas de US$ 250 mil e restituição. Caso condenados por conspiração para distribuir substâncias controladas, os acusados podem pegar até 20 anos de prisão, pelo menos 3 anos de liberdade condicional e multa de US$ 1 milhão. Caso condenado por negociar armas de fogo sem licença, o acusado poderá pegar até 5 anos de prisão, 3 anos de liberdade condicional e multa de US$ 250 mil. Caso condenado por ser um estrangeiro em posse de arma de fogo, o acusado poderá pegar até 10 anos de prisão, 3 anos de liberdade condicional e multa de US$ 250 mil. Caso condenados por distribuir 28 gramas ou mais de pasta de cocaína, os acusados podem ser condenados a pelo menos 5 a até 40 anos de prisão, pelo menos 4 anos de liberdade condicional e multa de US$ 2 milhões. Caso condenado por posse de arma de fogo não registrada, o acusado poderá pegar até 10 anos de prisão, 3 anos de liberdade condicional e multa de US$ 10 mil.
Os réus ilegalmente nos EUA estarão sujeitos a processos de deportação, adiantou Lelling.
Fonte: Brazilian Voice