Maior passarela suspensa do mundo põe pequena cidade de Portugal na rota dos amantes de aventura

As belas imagens da maior ponte suspensa para pedestres do mundo —uma gigante de aço com 516 metros de comprimento e até 175 metros de altura, inserida em um vale repleto de belezas naturais– correram o planeta desde a sua inauguração, no começo de maio.

Com isso, a pacata Arouca, cidade com cerca de 20 mil habitantes no Norte de Portugal, foi catapultada à rota do turismo de aventura, atraindo viajantes de toda a Europa.

Seja no centro da cidade ou nas imediações da ponte, a profusão de idiomas e de carros com placas estrangeiras ajudam a perceber a popularidade da nova estrutura.

Batizada de 516 Arouca –uma referência a sua extensão—, a ponte permite uma vista panorâmica sobre o vale do Paiva, uma região de interesse reconhecida pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

O chão da ponte –uma grade de aço que permite ver em detalhe o fundo do vale– garante uma observação verdadeiramente panorâmica do ambiente.

Ao longo do percurso, é possível apreciar pontos de interesse geológico, a vegetação abundante e ainda muitos animais. A região é habitat de espécies como a águia-d’asa-redonda e o famoso lobo ibérico.

Outro destaque do caminho é a visão da Cascata das Aguieiras, uma imponente queda d’água que se precipita pelas escarpas até o rio Paiva, um dos mais limpos do continente.

Da estrutura também é possível apreciar as Gargantas do Paiva, uma parte estreita do rio cujas águas revoltosas atraem adeptos do caiaque.

A construção da 516 Arouca levou dois anos e custou 2,3 milhões de euros (cerca de R$ 15,5 milhões).

Com o vento, é normal a ponte balançar um pouco, mas isso não significa que haja risco estrutural. O projeto foi submetido a exaustivos testes em laboratório e também in loco.

Ainda assim, é necessário obedecer a uma série de regras de segurança para ter acesso à ponte. Para garantir que os limites de lotação sejam respeitados, é preciso comprar o bilhete de acesso antecipadamente no site. Não há venda no local.

Os visitantes são alocados em grupos e fazem o trajeto sempre acompanhados por um guia. A ponte só pode ser visitada por crianças com mais de seis anos. Até os 17, é obrigatório estar na companhia de um adulto.

Recomenda-se usar sapatos confortáveis e o uso de salto alto é proibido.

Um detalhe importante a se considerar na visita: mais de um mês após a inauguração, ainda não há banheiros públicos para os usuários. Segundo os responsáveis, os sanitários estão em processo de instalação e devem ser concluídos em breve.

O bilhete custa € 12 (cerca de R$ 74) e dá direito a visitar outra grande atração da região, os Passadiços do Paiva, que ficam bem ao lado. Sucesso entre os amantes de trekking, os passadiços são um caminho de 8 km pela margem esquerda do rio Paiva.

A estrutura de madeira combina áreas planas de caminhada e outras de escadarias, passando pelo coração da mata nativa e por praias fluviais.

Fonte: Folha de S.Paulo