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Transposição de rio paulista é tema de audiência hoje

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados discute nesta tarde o projeto de transposição do rio Itapanhaú, em São Paulo.

O Itapanhaú tem um percurso de aproximadamente 40 quilômetros. O deputado Nilto Tatto (PT-SP), que pediu a realização do debate, afirma que o governo do estado de São Paulo pretende transpor o rio Sertãozinho, afluente do Itapanhaú para o sistema produtor do Alto Tietê, a fim de garantir mais água para o abastecimento da região metropolitana de São Paulo no período de estiagem.

Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Seminário sobre o Ferrogrão: Dilemas e Desafios para a Sustentabilidade de uma Grande Obra de Infraestrutura na Amazônia. Dep. Nilto Tatto (PT - SP)
Tatto: “Mudanças na vazão do rio, mesmo que sutis, mas por tempo prolongado, poderão prejudicar a fauna, a flora e a vida na região”

“Essa obra está estimada em R$ 160 milhões, mas ainda não teve início, pois uma ação do Grupo de Atuação Especial de Defesa ao Meio Ambiente, do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), pediu a suspensão por liminar que foi revogada”, explica Tatto.

Agora, segundo o parlamentar a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) está na iminência de liberar a licença de instalação para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), “o que permitirá continuar as obras e intervenções, ainda que a ação não tenha sido julgada”.

Segundo Tatto, o projeto enfrenta resistência crescente no município. “De acordo com ambientalistas e ativistas do Movimento Popular Salve o Rio Itapanhaú, a retirada de até 216 milhões de litros por dia, que corresponde a 60% da vazão do Ribeirão Sertãozinho, não foi avaliada adequadamente quanto aos seus impactos.”

Foram convidados para discutir o assunto os gestores ambientais Carlos Eduardo de Castro e Icaro Carvalho Franco de Camargo.

Participação popular
A audiência será realizada no plenário 10 a partir das 14 horas. Os interessados poderão participar, ao vivo, por meio do portal e-Democracia. Clique no banner abaixo e envie suas perguntas, críticas e sugestões.

Fonte: Agência Câmara de Deputados