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FBI investiga se campo de golfe de Trump contratou indocumentados

Foto13 Victoerina Morales Anibal Romero e Sandra Diaz FBI investiga se campo de golfe de Trump contratou indocumentadosO advogado Aníbal Romero (centro) e as clientes Victorina Morales (esq.) e Sandra Diaz (dir.), durante entrevista no início de dezembro em Nova York (Foto: KU-TV)

As ex-camareiras Victorina Morales e Sandra Diaz alegam que trabalharam para o Presidente utilizando documentos falsos

Não somente as autoridades estaduais, mas as federais estão investigando as alegações de que supervisores no campo de golfe do Presidente Donald Trump em Bedminster, no Estado Jardim, contrataram trabalhadores indocumentados utilizando documentos fraudulentos, informou o advogado dos funcionários. Aníbal Romero, um advogado em Newark que representa 5 mulheres que alegam terem trabalhado no Trump National Golf Club, apesar do status migratório irregular, informou que ele se encontrou com membros da Procuradoria Geral de New Jersey e do FBI em novembro, antes das clientes tornarem públicas as estórias delas.

O advogado acrescentou que deu às autoridades estaduais green cards e números do Seguro Social falsos que o supervisor do campo de golfe no Condado de Somerset ajudou uma das clientes dele, Victorina Morales, de 44 anos, a obter. Ela, moradora em Bound Brook, é natural da Guatemala e trabalhou como camareira no campo de golfe e agora tenta asilo nos EUA. Romero detalhou que também deu às autoridades contracheques e cópias do formulário W-2 de Morales e outra cliente, Sandra Diaz.

Diaz, de 46 anos, é natural da Costa Rica e atualmente vive legalmente nos EUA, mas alega que era indocumentada quando trabalhou como camareira no campo de golfe.

Romero disse que inicialmente contatou o escritório de Robert Mueller, o conselheiro especial na investigação da Rússia, sobre o assunto em outubro de 2018. Ele detalhou que a ligação visava desviar do Departamento de Justiça (DOJ), que era liderado então pelo Procurador Geral Jeff Sessions.

“Eu não confiava em Jeff Sessions na ocasião. Eu não achava que seríamos levados a sério”, disse Romero, referindo-se sobre como a administração Trump tem apoiado medias migratórias agressivas. “Então, eu achei melhor buscar conselhos”.

Romero acrescentou que o FBI o telefonou semanas depois que o escritório de Mueller transferiu o caso para eles. O advogado disse que se encontrou com 2 agentes do FBI em Branchburg para conversar sobre o assunto. “O FBI disse que contataria qualquer pessoa que tivessem que contatar. Eu não sei quem eles contataram”, explicou.

O advogado acrescentou que já se encontrou com representantes da Procuradoria Geral para entregar os documentos. O Estado, disse ele, tem as únicas cópias.

“Os funcionários não foram aqueles que cometeram crimes aqui”, alegou Romero. “Não é ilegal trabalhar nos Estados Unidos. É ilegal recrutar, buscar documentos fraudulentos para imigrantes indocumentados e, então, abusá-los verbalmente posteriormente. Isso parece claramente uma prática padrão”.

Morales disse ao jornal The New York Times que fez a cama de Trump, limpou a privada e passou as roupas dele durante os últimos 5 anos. Ela e Diaz alegam que supervisores no clube as ajudaram a enganar as autoridades para manter seus empregos. Entretanto, não há evidências que Trump ou os executivos da Trump Organization sabiam sobre isso. Previamente, Trump disse que as companhias dele não empregam imigrantes indocumentados.

Fonte: Brazilian Voice