Pular para o conteúdo

Faleceu em South Orange, NJ, o famoso trompetista brasileiro Claudio B. Roditi

O virtuoso trompete de jazz Claudio Roditi, conhecido por sua mistura de jazz bebop e ritmos brasileiros, se calou pacificamente em sua casa em South Orange, NJ, em 17 de janeiro, aos 73 anos.

Ao longo de uma carreira de cinco décadas, o trompetista trabalhou em todo o mundo como artista e professor de estúdio. “‘Master musician’ é o termo que vem à mente ao discutir o trompetista, flautista e compositor Claudio Roditi”, observou Zan Stewart, ex-crítico de jazz do Star-Ledger. Nascido em 1946, no Rio de Janeiro, Claudio era filho único de Alberto Roditi e Deise de Braga Roditi. Claudio começou seus estudos musicais quando tinha apenas seis anos de idade. Seu pai comprou seu primeiro trompete e depois o levou pela região do Rio para ver grandes bandas americanas.

Quando adolescente, ele foi exposto ao jazz através de um tio americano, apelidado de “Tax” (Harold Taxman), que mudou sua enorme coleção de LPs de jazz de Chicago para o Rio quando se casou com a tia Cida de Claudio. Em 1966, Claudio foi nomeado finalista de trompete no International Jazz Competition, em Viena, Áustria. Foi em Viena, onde conheceu Art Farmer, um de seus ídolos do jazz e a amizade inspirou o jovem trompetista a seguir uma carreira no jazz.

Em 1970, Claudio chegou em Boston, e estudou na Berklee College of Music. Foi em Boston, que ele conheceu sua esposa, Kristen. Em 1976, ele foi para New York para iniciar sua carreira como artista de jazz. Claudio se apresentou e gravou com muitos grandes nomes do jazz e da música latina, incluindo Dizzy Gillespie, James Moody, Jimmy Heath, Joe Henderson, Horace Silver, McCoy Tyner, Herbie Mann, Tito Puente e Paquito D´Rivera. Nos últimos anos, ele atuou no Trio da Paz e no Dizzy Gillespie All-Star Big Band, liderado pelo morador de South Orange e ex-baixista do Gillespie John Lee.

Com mais de vinte álbuns em seu crédito como líder, e dezenas de outros como sideman ou intérprete, Claudio desenvolveu continuamente suas composições e tocar através de projetos de gravação. Seu CD Brazilliance x 4 lhe rendeu uma indicação ao Grammy, em 2009, na categoria Melhor Álbum de Jazz Latino. E sua performance na Bossa Nova Sinfônica de Ettore Strata e da Royal Philharmonic, em 1994, lhe rendeu sua primeira indicação ao Grammy na categoria Melhor Performance Solo.

Claudio deixa sua esposa Kristen, os sogros Roger e Elizabeth Park e Philip e Kelly Park, um sobrinho, Ethan Park, e sua esposa Sandrine, e seus filhos Valentine e Olympia Park, as sobrinhas Rachel Park, Nicole Park e Lauren Park; a prima Tanya Mozingo e seu marido, Phil Mozingonos Estados Unidos, assim como primos no Brasil: Tamara Taxman, Roberto Sion e sua esposa Bette, Miriam Braga, Deborah Braga e Mayra Braga. Ele também deixa dezenas de amigos e fãs pessoais muito amados. Um concerto memorial para Claudio Roditi será realizado nos próximos meses, pede-se que não levem flores.

Fonte: Brazilian Press