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Em nova operação, Polícia Federal desmonta esquema de envio ilegal de rondonienses para os EUA

Batizada de Operação Yankee, a ação comandada pela Polícia Federal do Brasil tem a colaboração da Homeland Security Investigations (HSI), e da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília. O foco é desmontar uma quadrilha que atua organizando viagens irregulares de brasileiros de Rondônia para os Estados Unidos. Somente nesta segunda-feira (13), foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, realizados bloqueio da ordem de oito milhões de reais dos investigados, e a prisão de cinco pessoas nas cidades de Buritis (RO), Apuí (RO) e Goiânia (RO).

Por meio de celulares e computadores retidos, os agentes identificaram até agora 444 rondonienses enviados ilegalmente para os EUA entre os anos 2019 e 2021; podendo esse número aumentar de forma significativa à medida que os materiais apreendidos vão sendo analisados, segundo informou a PF.

Uma das vítimas do tráfico ilegal para os Estados Unidos é Lenilda dos Santos, 49 anos, que morava em Vale do Paraíso (RO). O corpo de Lenilda foi encontrado por oficiais da Patrulha da Fronteira em setembro de 2021, em uma área desértica ao sul da cidade de Deming, no Novo México.  Ela foi abandonada durante a travessia no deserto e morreu por desidratação. “Esta é uma das situações mais tristes que já vi”, declarou na ocasião o capitão Michael Brow, do Luna County Sheriff’s Office. No mesmo mês que o cadáver foi achado, outros 140 brasileiros foram detidos tentando cruzar para o território americano a partir do México.

Além da atuação em Rondônia, a organização criminosa tinha membros em outros estados brasileiros  e nos EUA, que se responsabilizavam por receber os indivíduos que conseguem concluir o trajeto irregular.

Os suspeitos presos nesta segunda utilizavam uma agência de viagens de fachada, onde emitiam vistos para o México, reservavam hotéis e alojamento em cidades fronteiriças e contratavam os coiotes. A prisão de um dos líderes foi acompanhada por agentes da HSI. Como o suspeito se encontrava escondido em uma área de difícil acesso entre Rondônia e Amazonas, os agentes usaram um helicóptero do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia para o cumprimento do mandado.

Os acusados ficarão à disposição da Justiça Federal e responderão pelos crimes de organização criminosa, contrabando de imigrantes e lavagem de dinheiro. Se condenados, as penas somadas podem ultrapassar 23 anos de reclusão.

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Fonte: AcheiUSA