
A União Europeia planeja reabrir às fronteiras da região a partir de 1 de julho e barrará turistas de países onde a pandemia está em situações piores
Com a iminência da reabertura das fronteiras da Europa em 1º de julho, após relaxamento das medidas de isolamento na luta contra a pandemia de coronavírus, a União Europeia (UE) anunciou que estabelecerá restrições para a entrada de viajantes “não essenciais” de países onde o surto de covid-19 não está controlado. Conforme um comunicado disponível no site da Comissão Europeia, os critérios ainda estão em discussão entre os países-membros do bloco, entretanto, já foi definido que só serão permitidas a entrada de turistas provenientes de regiões onde a situação da covid-19 está igual ou melhor do que a UE.
A princípio, para barrar ou liberar os viajantes serão levados em conta o número de novas infecções no país do estrangeiro, a tendência de transmissão do vírus e a resposta do governo daquele país no combate à doença, como política de testes, vigilância, monitoramento de infecções, quarentena, tratamento e divulgação de informações. Somente com esses parâmetros, o Brasil já está automaticamente fora de ter a entrada liberada. Nas últimas semanas, a pandemia só avançou no país e não apresenta sinais que diminuirá.
O Brasil já é o 2º país com mais casos confirmados de coronavírus, ou seja, 700 mil infectados, perdendo somente para os EUA que já atingiu 2 milhões. Em relação aos mortos, que já se aproximam de 40 mil pessoas, o Brasil está na 3ª posição mundial, mas deve ultrapassar o Reino Unido nos próximos 2 dias.
Em declaração publicada no site da Comissão Europeia, a Comissária para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, propôs “uma abordagem clara e flexível para eliminar as restrições às viagens para a UE a partir de 1 de julho”.
“Embora todos tenhamos que tomar cuidado, chegou a hora de fazer os preparativos concretos para suspender as restrições com países cuja situação de saúde é semelhante à da UE e para retomar as operações de vistos”, acrescentou.
Apesar das restrições, o comunicado da UE diz que elas não serão aplicadas para quem viaja para estudar e para trabalhadores altamente qualificados de fora do bloco, caso seu emprego seja “necessário do ponto de vista econômico e o trabalho não puder ser adiado ou realizado no exterior”.
Fonte: Brazilian Voice