Nascida nos Estados Unidos, uma criança de dois anos foi deportada para Honduras na última semana. O caso ganhou holofotes, após um juiz federal de Louisiana, estado norte-americano, expressar preocupação com a situação. Terry Doughty, juiz nomeado por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, informou que a deportação aconteceu, apesar de não haver “nenhum processo relevante” e contra a vontade do pai.
A criança identificada apenas pelas iniciais V.M.L foi deportada para Honduras acompanhada da mãe e da irmã, nascidas no país da América Central. As três foram detidas por autoridades de imigração no começo da semana.
De acordo com o processo, a criança nasceu em Nova Orleans em 2023. Ela estava com a mãe e a irmã, durante um atendimento regular de imigração no escritório de Imigração e Alfândega de Nova Orleans na terça-feira (22/4). Segundo o juiz de Louisiana, há uma grande suspeita de que o governo dos Estados Unidos tenha deportado um cidadão norte-americano “sem nenhum processo significativo”.
“O governo alega que tudo isso é aceitável, porque a mãe deseja que a criança seja deportada com ela”, explica o magistrado Doughty. “Mas o Tribunal não sabe disso”, contrapõe ele. A ação judicial referente ao caso teve início já na quinta-feira (24/4), depois que advogados da família entraram com uma petição de emergência, onde solicita a liberação imediata da criança da custódia da Imigração e Fiscalização Aduaneira, na qual destacam que a detenção foi ilegal.
Ainda conforme os advogados, o pai de V.M.L teria tentado entrar em contato com a mãe da criança para discutir os planos para a pequena, mas os agentes de imigração negaram o contato telefônico. Os pais chegaram a conversar na terça-feira, mas não conseguiram tomar nenhuma decisão sobre o futuro.
Fonte: Brazilian Press