No último final de semana, milhares de pessoas encheram os pontos turísticos do país e atitude levanta preocupações

Depois da lotação no sábado, parque natural voltou a fechar no dia seguinte (Keith Zhai/Twitter/Reprodução)
A China, país onde a epidemia de coronavírus começou, já conseguiu reduzir significativamente o número de pessoas infectadas. Na segunda-feira (6), foram reportados apenas 39 novos casos positivos.
Por esse motivo, a nação asiática começou a aliviar as restrições impostas nos últimos meses. Parte da Muralha da China, principal cartão-postal do país, foi reaberta no dia 24 de março, seguida de outras atrações.
Como consequência, no último final de semana milhares de chineses decidiram sair para passear e os pontos turísticos do país lotaram.
Ainda que boa parte das pessoas estivesse usando máscaras, o ocorrido levanta preocupações sobre uma possível nova onda de coronavírus, já que o risco de contágio ainda não desapareceu.
As imagens mais preocupantes vieram da região montanhosa de Huangshan, também conhecida como Montanhas Amarelas. Ali, é possível fazer caminhadas por trilhas apertadas e suspensas.

As Montanhas Amarelas são uma famosa cordilheira na China (pcsfish/Pixabay)
Para incentivar a volta do turismo no local, o governo tinha promovido entradas gratuitas às atrações da região. A promoção também tinha como objetivo celebrar o Qing Ming, festival em que os chineses reverenciam seus ancestrais. Esse ano, a celebração seria ainda uma homenagem aos mortos durante a pandemia.
Geralmente, a entrada custa 190 yuans, equivalente a R$ 140. Por esse motivo, imagens do local no sábado (4) mostram uma fila quilométrica em frente à entrada da atração.
Antes de entrar no local, os turistas tinham que colocar máscaras, mostrar atestado médico e ser submetidos à verificação de temperatura.
Apesar da obrigatoriedade de usar máscaras, outras imagens já dentro do parque mostram que muitos chineses passeavam sem as mesmas.
Às seis horas de manhã, o estacionamento do portão sul do parque lotou. Antes das oito horas da manhã, as autoridades locais já anunciavam que o parque havia atingido sua lotação máxima diária de 20 mil visitantes.
O número chamou atenção das autoridades locais, que decidiram fechar a atração novamente a partir do domingo (5). Segundo matéria da CNN, o jornal oficial do Partido Comunista também publicou em suas redes sociais um comunicado que dizia: “Não se aglomerem!”.
Fonte: Viagem e Turismo