‘Salve a Fernandinha’: Com 59% da meta, família busca hospital nos EUA que aceite parte do valor de R$ 8 mi

Uma ação inspirada no Dia do Amigo, comemorado nesta terça-feira (20), é mais um capitulo de esperança para a menina Fernanda Manzutti da Rocha, de 11 anos, que luta contra a Leucemia Linfóide Aguda (LLA) desde fevereiro de 2020. A moradora de Jundiaí (SP) precisa arrecadar cerca de R$ 8 milhões para realizar a terapia genética CAR T-Cell, feita nos Estados Unidos.

De acordo com a família, um novo laudo médico atestou que as condições físicas da criança estão em estágio próximo ao ideal para a realização do tratamento. Os familiares, então, dizem que correm contra o tempo em busca de um hospital que aceite o valor já arrecadado como entrada, de forma a agilizar o tratamento e evitar a piora da doença.

Salveafernandinha - UMA CRIANÇA PRECISANDO DE R$: 8.000.000,00 / PARA FAZER UM TRATAMENTO - #ajude - YouTube

Com isso, o “#pixdaamizade” pretende aumentar o valor da vaquinha, que já conseguiu R$ 4,7 milhões, sendo 59% da meta. Nesta ação especial, que começou no dia 17 e termina nesta terça, as pessoas podem realizar doações de R$ 20, escrever uma mensagem de apoio no comprovante de transferência por PIX, direcionando a outro amigo. O amigo, então, poderá repetir o gesto e estimular uma ‘corrente do bem’, que poderá ser divulgada nas redes sociais. “Então, agora, mais do que nunca estamos correndo contra o tempo. Por isso estamos lançando a ação do #pixdaamizade”, diz a família.

Famosos engajados

A campanha ficou conhecida após receber apoio de famosos como Kaká, Zezé Di Camargo, Fábio Júnior, o técnico de vôlei Bernardinho e as atrizes Deborah Secco e Carolina Dieckmann. Segundo a família de Fernanda, a doença atinge o sistema imunológico e a medula óssea da criança. Desde que foi diagnosticada, a garota vive uma rotina de idas e vindas do hospital.

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A terapia CAR T-Cell consiste em habilitar linfócitos T, células de defesa do corpo. Elas são injetadas depois que são modificadas para rastrear e matar as células tumorais. Com milhares de compartilhamentos, a família busca ajuda na internet para conseguir atingir o valor. O tratamento e os custos no exterior custam em torno de 1,5 milhão de dólares.

‘Última chance’

Segundo a mãe da menina, Melissa Manzutti, a doença está progredindo rápido. Ela fez um apelo para que as pessoas ajudem na campanha, pois esta é uma chance de vida para a menina. “O meu medo é que minha filha não aguente mais a toxicidade da quimioterapia. Realmente ela não está mais aguentando. Eu percebo que a Fernanda, apesar de ser muito forte, o corpo dela está começando a fraquejar. Então, eu peço muito a vocês que ajudem a Fernanda. Ela tem uma última chance.” Mãe que faz campanha para tratamento de R$ 8 milhões da filha com câncer fala em recaída Mãe que faz campanha para tratamento de R$ 8 milhões da filha com câncer fala em recaída.

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Campanha

A família montou uma vaquinha online e também criou um perfil no Instagram para informar aos apoiadores sobre a situação. “Minha filha sempre foi uma menina cheia de saúde, sempre me impressionou nela a vontade de viver”, contou a mãe. Segundo Mirella, desde dezembro de 2019 a criança apresentava dores nas pernas, mas fazia ballet, jazz e natação. Os pais achavam que eram situações comuns. “Em janeiro de 2020, nós viajamos de férias e meu coração de mãe já dizia que havia algo errado. Normalmente, a Fernanda ficava o dia todo na piscina e naquele ano tudo estava diferente”, lembra.Em fevereiro do ano passado, as dores se intensificaram e começaram as idas aos pronto atendimentos e consultas na cidade. “Ela ficou internada à base de morfina. Estes dias foram muito difíceis, até que, em 17 de fevereiro de 2020, recebemos a notícia”, recorda.

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Tratamento

Conforme a mãe, com a possibilidade de cura, logo foi iniciado o tratamento com quimioterapia. A menina precisou se ausentar da escola, dança, da natação e do convívio com os amigos. Em novembro de 2020, um exame apontou que a doença havia voltado ainda durante o tratamento. Naquele tempo, os pais foram informados que as doses de quimioterapia aumentariam e teria que ser feito o transplante de medula óssea. “Iniciamos desde o fim de 2020 uma campanha para achar um doador 100% compatível e não conseguimos.” A equipe, então, decidiu que faria com um doador familiar, o irmão mais novo. No entanto, para fazer o transplante, a paciente precisaria estar com a doença em remissão, segundo a mãe. “Neste momento, quando as possibilidades nacionais esgotaram-se, os médicos nos chamaram e disseram que tínhamos duas possibilidades: um tratamento revolucionário de terapia genética não disponível aqui no Brasil ou deixar a Fer tratando paliativamente.” // G1.

Fonte: Brazilian Press