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Embaixador nega que EUA tenham confiscado respiradores em aeroporto de Miami

O novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, negou nesta terça-feira (7), em entrevista coletiva online, que os EUA tenham adquirido, comprado, retido ou bloqueado qualquer equipamento hospitalar ou medicação destinada ao Brasil para combate ao novo coronavírus. O embaixador Todd Chapman assumiu o cargo no dia 29 de março.

Na sexta-feira (2), um grupo que reúne os nove governadores
do Nordeste afirmou que havia comprado 600 aparelhos respiradores da China, que
seriam distribuídos pela região, mas que a carga ficou retida no aeroporto de
Miami.

Segundo Chapman, tais informações são “notícias ruins”
divulgadas por pessoas que querem avançar com suas “agendas pessoais ou de
governo”; ou mesmo de “muitos comerciantes que querem vender para lá e para cá”
na busca por lucros cada vez maiores.

“Nossos oficiais de Justiça já estão trabalhando contra
isso, porque nossa lei não permite esse tipo de prática, visando [estabelecer]
preços supervalorizados”, disse o embaixador.

“O governo dos EUA não comprou nenhum material médico
fabricado na China e destinado ao Brasil”, disse. “E, durante essa emergência
de saúde, é muito importante cuidar das informações e saber de onde elas vêm”,
acrescentou.

O secretário estadual de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas,
disse que os novos respiradores artificiais comprados pelo Consórcio do
Nordeste na China vão chegar ao estado pela Argentina.

“Lamentavelmente, esses equipamentos, em função de um
decreto de proteção editado pelo presidente Trump, ele impede as empresas
americanas de exportarem equipamentos para outros países, ainda que os
equipamentos tenham apenas passado pelos Estados Unidos, hoje eles têm feito um
sequestro de equipamentos”, disse Fábio Vilas-Boas.

Entenda

Uma carga de 600 respiradores
artificiais fabricados na China e comprados por estados do Nordeste ficou
retida no aeroporto de Miami. De lá, o material seria enviado ao Brasil.

De acordo com a Folha de S. Paulo,
o contrato no valor de R$ 42 milhões foi assinado pelo governo da Bahia como
representante da região, mas foi cancelado pela empresa fornecedora sem maiores
explicações.

Em entrevista à Folha, o secretário
da Casa Civil, Bruno Dauster, disse que a empresa alegou apenas “razões
técnicas”. Ainda segundo a reportagem, a empresa disse que a carga teria outro
destino, não identificado.

Bruno Dauster informou que os estados buscam outro fornecedor. O valor não chegou a ser desembolsado pelo governo baiano. (Com informações da Agência Brasil)

Fonte: AcheiUSA