O dólar segue negociado em alta nesta quarta-feira, 19, chegando a bater R$ 4,37. Os principais motivos para a alta contínua são a expectativa de investidores pelo banco central norte-americano e a situação do coronavírus que já tem afetado mercados estrangeiros.
Às 10h27 (horário de Brasília), a moeda norte-americana subia 0,36%, a R$ 4,3726. Na máxima até o momento, bateu R$ 4,3746. O valor do dólar turismo está cotado hoje em R$ 4,7033. Já o Euro opera no valor de R$4,72 nesta quarta-feira.
A alta segue os dias anteriores. Na terça-feira, o dólar fechou em alta de 0,64%, a R$ 4,3568, renovando máxima de fechamento. Na máxima da sessão, chegou a R$ 4,3613. A maior cotação já registrada durante um pregão foi no dia 13 de fevereiro, quando o dólar bateu R$ 4,3830.
Na parcial do mês, acumula até a véspera alta de 1,68%. No ano, o avanço é de 8,65%.
Banco Central
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reafirmou na terça-feira, 18, que o câmbio no país é flutuante e que o BC está tranquilo sobre o tema, mas destacou que a autoridade monetária pode fazer intervenções em caso de problemas de liquidez ou se for identificado movimento “exagerado” no mercado cambial.
O Banco Central ofertará nesta quarta-feira até 13 mil contratos de swap tradicional com vencimento em agosto, outubro e dezembro de 2020, para rolagem de contratos já existentes.
Motivos para as altas recentes
Além das preocupações sobre o impacto do coronavírus na economia global, o dólar mais valorizado nas últimas semanas também tem refletido os juros em mínimas históricas no Brasil e as perspectivas sobre o ritmo de crescimento da economia brasileira e andamento das reformas.
Diversas instituições financeiras têm revisado para baixo suas perspectivas para o crescimento econômico em 2020 na esteira da disseminação do novo coronavírus e da percepção de uma lentidão um pouco maior que o esperado no ritmo de crescimento neste início de ano.
O mercado brasileiro reduziu para 2,23% a previsão a alta do PIB em 2020, segundo pesquisa Focus divulgada na segunda-feira, mas diversos bancos e consultorias já estimam um crescimento de, no máximo 2%.
Uso do cartão de crédito brasileiro no exterior
A partir de março, faturas devem ter cotação do dólar do dia da compra. O uso da cotação do dia da compra na fatura em compras feitas em moeda estrangeira com cartão de crédito deve entrar em vigor no próximo mês. Até então, os bancos poderiam optar por cobrar o valor referente à data do fechamento da fatura – e a maioria trabalhava dessa forma.
A mudança foi estabelecida por norma do Banco Central (BC) em 2018 e detalhada em circular de outubro de 2019. Mesmo assim isso não quer dizer que o valor será menor. Pode ser que no dia da compra o valor da moeda esteja até mais caro que no dia da conversão.
Em março também será obrigatório divulgar informações sobre as taxas de conversão do dólar dos EUA para reais utilizadas para o cálculo, inclusive em canais eletrônicos de atendimento ao cliente. O valor deverá ser detalhado com quatro casas decimais.
Por fim, as instituições serão obrigadas a divulgar e manter atualizadas as referências de acesso ao catálogo e aos dados abertos de sua propriedade. Com informações do G1 e Valor Econômico.
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Fonte: Gazeta News