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Contágio do coronavírus no Brasil é o maior entre 48 países, aponta pesquisa

Centro de São Paulo – epicentro da COVID-19 no BR. Foto: NELSON ALMEIDA / AFP)

A taxa de contaminação por coronavírus no Brasil é de 2,8 – a maior entre 48 países analisados pelo Imperial College de Londres. Isso significa que cada pessoa contaminadas pelo Sars-Cov-2 no Brasil infecta quase três pessoas – ou, a cada 10, 28 são contaminadas. O país com a menor taxa de transmissão é a Grécia, com 0,44.

Os novos números da Covid-19 no Brasil, divulgados na quarta-feira, 29, pelo Ministério da Saúde, colocam o Brasil como o 2ª país do mundo com mais novos casos da doença e o 4º com mais novas mortes, considerando as últimas 24 horas. De acordo com a pasta, o Brasil teve entre terça, 28, e quarta, 29, 449 mortes em decorrência da Covid-19 e 6.276 novos casos.

Até a manhã desta quinta-feira, 30, o país registrava 5.513 mortes provocadas pela Covid-19 e 79.685 casos confirmados da doença em todo o país.

Contaminação mais rápida

O indicador aponta que a transmissão do coronavírus no Brasil ocorre de forma mais rápida do que os outros países analisados – o que pode levar a mais casos que precisem de atenção médica e à superlotação de leitos hospitalares –, e traz a projeção de que, nesta semana, O Brasil poderá ter uma média de mais 5 mil mortes por Covid-19, o que pode elevar o total a 10 mil óbitos.

A análise de dados do Imperial College aponta que, nesta semana, o Brasil poderá registrar mais de 5.680 mortes por Covid-19 – somando aos dados já existentes, poderia-se chegar a mais de 10 mil óbitos por coronavírus.

O número é uma média encontrada entre o mínimo de mortes que poderão ocorrer (2.360, segundo o Imperial College) e o máximo de mortes previstas (9.770).

Além do Brasil, os Estados Unidos também apresentam essa tendência de escalada no número de mortes – são os únicos dois países nesta situação, ente os 48 analisados. Nos EUA, a projeção é ainda pior: 13.900 mortes são esperadas para esta semana, segundo o Imperial College.

Para fazer estes cálculos (taxa de transmissão e projeção de mortes), o Imperial College usa os números oficiais de mortes registradas em cada país.

De acordo com o Imperial College, o Brasil está entre os nove países que apresentam tendência de crescimento na pandemia. Os outros oito países são: Canadá, Índia, Irlanda, México, Paquistão, Peru, Polônia e Rússia.

Em Nova York, quando a taxa de contágio aumentou, foram adotadas mais medidas de restrição de circulação. No Brasil, autoridades discutem a retomada das atividades.

Segundo especialistas, a análise do fim do isolamento precisa considerar ao menos 5 preceitos, de acordo com cada macrorregião, que são: número de leitos de UTI; quedas sucessivas no número de mortes por 14 dias; baixa taxa de contágio; disponibilidade de equipamentos de proteção para a saúde e testes; e um sistema de monitoramento para verificar se a transmissão está aumentando.

Um estudo do Observatório Covid-19 BR, que reúne físicos de sete universidades e monitora a progressão da pandemia no país, aponta que o ritmo de transmissão do coronavírus no Brasil continua alto e constante, enquanto na Itália vem caindo – atualmente, o país está entre os 10 com menores taxas de transmissão, de acordo com o Imperial College.

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Fonte: Gazeta News