O 9th Brazilian Festival terminou neste domingo (13) com sensação de “missão cumprida”, conforme avaliou o organizador do evento, Luciano Samelli.
“Muito mais que um festival cultural, nós demos uma oportunidade aos artistas locais. Fomos o único evento brasileiro presencial neste ano de 2020 nos EUA”, disse.
Mas para que isso acontecesse, o festival que há nove anos revive o Brasil na Flórida teve que passar por várias adaptações exigidas pelas autoridades de saúde para controlar o avanço da covid-19. Mesmo assim, cerca de 1,5 mil pessoas compareceram.
Pela primeira vez, o festival saiu de Pompano Beach para ser realizado em uma área de parque em Fort Lauderdale.
Samelli agradeceu ao prefeito de Fort Lauderdale, Dean Trantalis, por ter abraçado a proposta do festival e acreditado na competência da organização em promover uma atividade segura.
“Todas as pessoas usaram máscaras e tiveram as temperaturas testadas” disse o organizador do Brazilian Festival.
Os participantes, segundo ele, também tiveram acesso a testes rápidos de anticorpos contra o coronavírus, receberam desinfetantes para as mãos e foram encorajados a manter distanciamento social: “Montamos algumas mesas ao ar livre e contratamos garçons e garçonetes para atender e evitar que pessoas ficassem trafegando para comprar bebidas ou comidas”.
Como em todos os anos, o evento foi uma oportunidade para negociantes locais alavancarem as vendas e aquecerem a economia.
Em 2019, o Brazilian Festival investiu cerca de $232 mil em fornecedores, empreiteiros e mão de obra brasileira, gerando milhares de dólares para estabelecimentos locais e empregos diretos e indiretos para trabalhadores da comunidade.
Apoio aos artistas locais
Com todos os shows presenciais cancelados e poucas alternativas de sustento, a classe artística foi uma das mais atingidas pela pandemia de covid-19.
Com isso, a programação musical do 9th Brazilian Festival buscou reconectar artistas locais e comunidade, dando continuidade, de forma segura, às atividades culturais e de entretenimento.
No sábado, o palco foi comandado pela cantora Caro Pierotto, da Califórnia, seguida de Héli, de Deerfield Beach, e da dupla Tomati e Michelle, da Bossa Fusion Duo. A escola de samba da Unidos de Miami também se apresentou e os pagodeiros Xandi e Boca Melodia, e o instrumentista Gilson do Cavaco incrementaram a programação com shows surpresas.
O domingo teve mais música local com Bibi Saboia, banda Cravo e Canela, do sul da Flórida, e Joanna Nova York, vencedora do Prêmio de Melhor cantora brasileira de 2012.
“A qualidade musical deste festival foi incrível (…) Todos excelentes músicos e profissionais. Com certeza foi um enorme apoio e incentivo para músicos, pequenos empresários e todos que agregam o mercado de eventos”, escreveu por e-mail um grupo de artistas.
Samelli disse que mesmo aqueles que não se sentiram seguros em se juntar ao público no Parque Huizenga, foram contagiados pela alegria do evento. “Nós recebemos várias mensagens de agradecimento de moradores dos arranha-céus vizinhos ao parque que acompanharam tudo das suas varandas. Nós iluminamos o fim de semana de todos os residentes”, falou, “estamos animados para a 10º edição”, completou.
O 9th Brazilian Festival contou com a parceria do jornal e rádio AcheiUSA, cidade de Fort Lauderdale, Departamento de Turismo da Flórida, Band Internacional, USEND, Eco Printing, Sling Brasil e Wites Law Firm.
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