A administração Trump está planejando expandir os procedimentos para acelerar as deportações, incluindo imigrantes indocumentados em qualquer lugar e que não podem provar que vivem no país continuamente por dois anos ou mais.
A mudança amplia a caça aos imigrantes indocumentados, sujeitos ao procedimento de deportação acelerada conhecido como “remoção acelerada”, que permite às autoridades de imigração remover um indivíduo sem audiência perante um juiz de imigração.
Ao fazê-lo, a administração receberia maior liberdade para deportar imigrantes indocumentados.
Anteriormente, estavam sujeitos ao procedimento os imigrantes indocumentados que foram capturados dentro de 100 milhas de uma fronteira terrestre e dentro de 14 dias da chegada.
O aviso, informado segunda-feira (22), muda drasticamente a designação de remoção acelerada para incluir imigrantes indocumentados em todo o país que não podem provar que estão no país continuamente por dois anos. Portanto, aplica-se a milhares de pessoas que chegaram recentemente e vivem em todo o país.
Até junho, a Patrulha da Fronteira prendeu quase 700.000 imigrantes que cruzaram ilegalmente a fronteira neste ano fiscal, segundo dados da Alfândega e Proteção de Fronteiras.
A última ação do governo para reprimir a imigração ilegal decorre de um memorando do Departamento de Segurança Interna de 2017, do então Secretário John Kelly, que incluiu a expansão da remoção acelerada como parte das “Políticas de Melhorias na Aplicação de Enfoque de Segurança de Fronteiras”.
A União Americana de Liberdades Civis disse na segunda-feira que desafiaria o plano no tribunal.
“Sob este plano ilegal, os imigrantes que vivem aqui por anos seriam deportados sem processo. Vamos processar essa política rapidamente”, disse Omar Jadwat, diretor do Projeto de Direitos dos Imigrantes da ACLU em um comunicado.
Fonte: Brazilian Press