
Christopher Morris, de 48 anos, vivia no Brasil e Uruguai desde 2013
Na quinta-feira (30), Christopher Morris, de 48 anos, chegou a Boston (MA) depois de ser deportado do Brasil. Ele é acusado de desviar mais de US$ 2 milhões de uma firma em que trabalhava. Na sexta-feira (31), o réu compareceu perante o Juiz M. Page Kelley, na Corte Distrital em Boston (MA), para ouvir formalmente as acusações emitidas previamente em novembro de 2014. Elas incluem 4 por fraude no envio eletrônico de dinheiro e 12 por transações monetárias ilegais. Conforme o promotor público Andrew Lelling, Morris vivia no Brasil e Uruguai desde 2013.
Morris teria montado o esquema quando trabalhava na PBS Distribution, uma companhia de distribuição de mídia com vários escritórios, incluindo Allston (MA). Atuando como contador profissional, ele tinha acesso às correspondências da empresa que continham cheques de clientes para pagamentos a PBS Distribution. O réu teria desviado mais de US$ 2 milhões em cheques entre janeiro de 2008 a setembro de 2012. Ao invés de depositar os cheques na conta da empresa, ele depositava os cheques na conta bancária pessoal dele.
Morris teria apagado as pistas ao registrar “créditos” referentes aos pagamentos feitos pelos clientes dos cheques que ele havia roubado. Lelling revelou que Christopher vivia uma “vida glamorosa”, com o dinheiro desviado alugando apartamentos nos bairros de Greenwich Village, Chelsea e Tribeca, em Manhattan (NY), além de roupas finas e um cruzeiro pela América do Sul de US$ 16 mil.
O réu pode ser condenado a 20 anos de prisão, 3 anos de liberdade condicional e multa de US$ 250 mil por cada acusação de fraude no envio eletrônico de dinheiro. Através de um comunicado, Lelling informou que o governo deve anular as acusações de transações monetárias criminosas devido à emenda de uma lei federal conhecida como “Rule of Specialty”, a qual permite que o julgamento ocorra somente com as acusações autorizadas pela nação que realizou a extradição.
Fonte: Brazilian Voice