
O medo de detenção e deportação é uma das maiores barreiras que impedem os imigrantes…
O medo de detenção e deportação é uma das maiores barreiras que impedem os imigrantes indocumentados de receberem tratamento médico ou fazerem exames. O ativista Ben Charles liga regularmente para as famílias de imigrantes e refugiados com quem trabalha para ver como elas estão se saindo em meio à pandemia de coronavírus.
Charles é diretor, na área de Syracuse, da Hopeprint, uma organização que visa unir comunidades de imigrantes e refugiados e ajudá-las a se adaptar em seu novo país. Como refugiado, Charles lembra como seus pais sempre lutavam para receber cuidados de saúde adequados.
“Eles sempre tiveram que tentar várias coisas antes de conseguir o que precisavam ou à solução certa para um problema, especialmente no que se referia à obtenção de cuidados médicos “, disse.
O novo coronavirus que causa o COVID-19, uma doença respiratória que já infectou mais de 280 mil e matou mais de 16 mil no estado de New York até domingo, dia 26. O condado de Onondaga confirmou 774 casos do vírus no sábado, dia 25, e 25 pessoas morreram.
Os dados que mostram como o COVID-19 afetou imigrantes e refugiados no condado não estão disponíveis, mas os ativistas locais disseram que essas comunidades estão enfrentando maiores dificuldades. À medida que o vírus se espalha, as organizações comunitárias estão trabalhando para enfrentar as barreiras que impedem que imigrantes e refugiados recebam assistência médica adequada.
“Há duas perguntas: é possível receber assistência médica e eles sabem que é possível?”, disse Jessica Maxwell, diretora-executiva do Workers Center of Central New York, uma organização que defende os trabalhadores imigrantes.
As barreiras linguísticas tornam especialmente difícil para as comunidades de imigrantes e refugiados receber as informações mais atualizadas sobre saúde pública, de acordo com ela. “A maioria das informações que o Condado de Onondaga compartilha é oferecida apenas em inglês”, disse.
A ativista destacou que a falta de acesso à Internet pode impedir ainda mais que estas famílias recebam informações sobre o COVID-19. “Muitas das famílias com as quais eu trabalho não têm acesso confiável à internet”, afirmou.
A baixa proficiência em inglês também pode representar um obstáculo para os imigrantes e refugiados que tentam solicitar subsídios de desemprego, conforme explicou Frank Ridzi, vice-presidente de investimentos comunitários da Central New York Community Foundation, uma organização que fornece financiamento para instituições de caridade e organizações sem fins lucrativos locais.
O governador Andrew Cuomo ordenou que todos os trabalhadores não essenciais fiquem em casa até pelo menos 15 de maio para conter a propagação do vírus. Muitos imigrantes e refugiados, trabalhadores de empregos não essenciais, agora estão enfrentando um aumento da tensão financeira, o que dificulta ainda mais a assistência à saúde.
O CNY Community Fund está concedendo uma doação de US $ 7.286 ao Syracuse Refugee and Immigrant Self Empowerment (RISE), um grupo de defesa de imigrantes e refugiados, para contratar mais gerentes de casos e fornecer assistência direta 24 horas por dia, 7 dias por semana, às famílias com proficiência limitada em inglês.
Após o início do surto de COVID-19, o Syracuse RISE aumentou sua capacidade de atender às necessidades da comunidade, segundo Haji Adan, diretor-executivo da entidade. A organização criou uma linha direta, 24 horas por dia, 7 dias por semana, com funcionários disponíveis para responder perguntas em 12 idiomas diferentes.
“A ajuda permite à RISE fornecer aos imigrantes e refugiados, informações precisas sobre o processo de desemprego e ajudá-los a garantir benefícios como cupons de alimentos, disse Adan.
“Para os imigrantes indocumentados, o medo da aplicação da lei pode impedi-los de procurar tratamento médico adequado”, disse Maxwell. “Muitos podem não ir ao teste do vírus porque têm medo de enfrentar detenção ou deportação”, disse ela.
Dra. Andrea Shaw, professora assistente de medicina e pediatria afirmou que a SUNY Upstate Medical University não pergunta sobre o status legal ou de imigração de um paciente.
“Muitos pacientes indocumentados ou sem seguro tentam encontrar clínicas para atendimento gratuito, a fim de evitar despesas médicas caras”, acrescentou Shaw. “Atualmente, essas clínicas estão fechadas, pois não estão equipadas para lidar com a atual crise do COVID-19”, continuou.
A Syracuse Immigrant and Refugee Defense Network (SIRDN) lista os recursos disponíveis para as comunidades de imigrantes e refugiados em sua página no Facebook. Um recurso é uma linha direta onde os indivíduos podem se conectar com um atendente em seu idioma nativo para receber informações precisas sobre saúde.
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Fonte: Redação – Brazilian Times.
Fonte: Brazilian Times