
Trabalhadores essenciais foram homenageados recentemente no sul da Flórida com uma passagem do…
Trabalhadores essenciais foram homenageados recentemente no sul da Flórida com uma passagem do Navy´s Blue Angels, o Esquadrão de Demonstração Aérea da Marinha dos Estados Unidos. Mas você já parou para pensar quem compõe a força de trabalho essencial do estado? Um novo relatório divulgado pelo Instituto de Políticas da Flórida (FPI, sigla em inglês) busca fornecer algumas respostas.
Entre as principais conclusões: quase um terço de todos os trabalhadores que estão na linha de frente no combate à pandemia de coronavírus no estado é formado por imigrantes, um grupo que inclui aqueles com e sem status legal. Em todo o país, esse número é de apenas 17%.
Mulheres e afro-americanos também estão muito bem representados na força de trabalho essencial do estado, segundo o estudo. Como observa o relatório, não apenas os imigrantes estão super-representados – eles somam 28% de todos os trabalhadores essenciais – mas também representam pelo menos 20% de cada uma das seis indústrias classificadas como essencial.
Isso inclui o setor de saúde, o setor de caminhões, armazém, correios, transporte público, assistência infantil e serviços sociais, o setor de supermercados, drogarias e serviços de limpeza predial.
Das seis indústrias essenciais listadas, a de serviços de limpeza tem a maior proporção de trabalhadores imigrantes, um total de 44%. Logo depois, estão os setores de caminhões, armazéns, correios e assistência médica, onde os imigrantes representam cerca de 29%.
“Eu percebi muitos elogios e apreço para com os trabalhadores essenciais, mas sem qualquer contexto de quem eles são e quais podem ser suas necessidades”, disse Alexis Davis, analista de políticas do FPI e autora do relatório.
Com base em uma análise recente dos dados do Censo pelo Centro de Pesquisa Econômica e Política (CEPR, sigla em inglês), o relatório de Davis também destaca que as mulheres representam 63% dos trabalhadores essenciais na Flórida. Os floridianos negros também estão super-representados, totalizando 22% de todos os trabalhadores essenciais no estado.
Davis disse que não ficou surpresa com as descobertas. “Geralmente, faz sentido para nós que papéis com maior risco e salários mais baixos sejam dominados por imigrantes e outros grupos vulneráveis, como mulheres e pessoas de cor”, disse ela.
A recompensa por enfrentar o risco de infecção é pequena. Mais de um em cada quatro trabalhadores essenciais ganha menos de US $ 25.520 anualmente, de acordo com o relatório. As contribuições exorbitantes dos imigrantes para a força de trabalho das indústrias essenciais são contrastantes, de acordo com os defensores.
O que está em questão é o fato de que imigrantes sem documentos – apesar de estarem fortemente representados em todo o país em setores que vão da saúde à agricultura, que recentemente foi considerado essencial pelo governo federal – foram excluídos da Lei CARES, o pacote de alívio de US $ 2 trilhões aprovado em março pelo Governo.
“É realmente interessante como agora vemos tanto reconhecimento a trabalhadores essenciais que estão nos alimentando e nos mantendo saudáveis, e depois vemos que, na Lei CARES, eles não são elegíveis para receber nenhum benefício em dinheiro”, disse Maria Rodriguez, diretora-executiva da Coalizão de Imigrantes da Flórida (FLIC, sigla em inglês). ” Achamos isso preocupante ”.
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Fonte: Redação – Brazilian Times.
Fonte: Brazilian Times