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Produtos podem ficar escassos nos EUA devido tarifas de Trump sobre a China

Varejistas alertam que os consumidores poderão enfrentar prateleiras vazias e os mesmos desafios na cadeia de suprimentos que marcaram a era da Covid-19 se as tarifas sobre a China permanecerem nos níveis atuais

Da Redação – A “Federação Nacional do Varejo” alerta os consumidores para possível escassez de produtos nos supermercados do país, com as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump. Informa que as importações cairão 20% no segundo semestre do ano se as tarifas permanecerem no ritmo atual, o que causará o “desaparecimento” de calçados, roupas, brinquedos e eletrônicos de baixo custo, cuja fabricação é fortemente concentrada na China.

Também produtos perecíveis da China, como suco de maçã e peixe, têm prazo de validade limitado e são mais difíceis de estocar pelos varejistas. A ameaça de prateleiras vazias nas lojas parece ter levantado preocupações na Casa Branca, com alertas de empresas sobre aumento abusivo de preços devido às tarifas.

As empresas vêm cancelando remessas de produtos da China e interrompendo novos pedidos depois que Trump impôs uma tarifa de 145% sobre quase todas as importações chinesas neste mês. Como resultado, o número de navios de carga programados para chegar ao Porto de Los Angeles deverá cair 33% em relação ao ano anterior.  

Normalmente, os varejistas dos EUA aumentariam os pedidos para dois períodos críticos no final deste ano: a temporada de compras de volta às aulas no outono e as férias de inverno. E esse declínio aumenta a incerteza sobre se os consumidores terão a seleção de produtos à qual estão acostumados nos próximos meses.

Vendedores chineses disseram que empresas americanas como a “Target” suspenderam seus pedidos. Uma vendedora de unhas postiças para varejistas dos EUA disse que seus produtos estão prontos para envio, mas estão presos na China. A empresa não planeja enviar nenhum produto para os EUA durante o primeiro semestre do ano.

Após uma reunião com grandes varejistas esta semana, Trump disse na quarta-feira (23) que estava considerando reduzir tarifas sobre a China, embora não tenha tomado nenhuma ação formal. Na quinta-feira (24), o presidente disse que seu governo se reuniu com autoridades chinesas, mas no mesmo dia, autoridades chinesas negaram que negociações comerciais formais tivessem ocorrido com os EUA.

Os caminhões que transportavam mercadorias do porto agora serão transferidos para outros destinos, inundando o mercado de transporte com excesso de capacidade e reduzindo as tarifas cobradas pelos caminhoneiros para transportar suas mercadorias. Essa queda na demanda por motoristas, aliada à desaceleração em outras áreas da economia, como indústria e construção civil, pode fazer com que os caminhoneiros abandonem o setor e contribuir para uma escassez de motoristas no futuro.

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Fonte: Nossa Gente