
Falando em um vídeo que ele próprio gravou dentro de um centro de detenção do Departamento…
Falando em um vídeo que ele próprio gravou dentro de um centro de detenção do Departamento de Imigração no Condado de Broward, na Flórida, um requerente de asilo cubano chamado Guillermo pergunta se a vida de detentos imigrantes como ele é tão valiosa quanto a vida de quem está do lado de fora.
“Todos nós vamos morrer aqui, se ninguém nos ajudar”, disse ele, em espanhol. O vídeo foi divulgado nesta quarta-feira, dia 13, aos grupos locais que defendem os direitos dos imigrantes. Nesse mesmo dia, o ICE anunciou o primeiro caso positivo de COVID-19 no Broward Transitional Center, a instalação de Pompano Beach onde Guillermo está detido.
Desde os primeiros dias da crise do coronavírus, Guillermo gravou vários vídeos pedindo ajuda para si e para outros detidos. Ele compartilha os vídeos com sua esposa, que os compartilha com grupos de defesa.
“Ele se sente impotente e frustrado”, disse Maria Asuncion-Bilbao, organizadora da comunidade do United We Dream, familiarizada com o caso de Guillermo. “Ele está pedindo ajuda das pessoas aqui fora. Ele sente que ninguém se importa com o que está acontecendo lá dentro”.
No vídeo mais recente, Guillermo parece se dirigir ao público em geral, perguntando se os norte-americanos querem ver os detentos adoecerem “para se tornarem testemunhas de suas mortes”.
“As pessoas pensam que não somos nada”, disse ele. “Já percebemos que não somos nada. Mas ajude-nos, por favor”.
O New Times obteve o vídeo de Friends of Miami-Dade Detainees, onde Guillermo compartilhou as informações de identificação da pessoa em Broward que deu positivo para o COVID-19. A organização o editou para excluir o nome e o número de identificação do imigrante por motivos de privacidade.
Um salvadorenho mantido no Centro de Detenção Otay Mesa, na Califórnia, morreu no início desta semana, marcando a primeira morte confirmada por COVID-19 em um centro de detenção do ICE. De acordo com dados da agência, apenas um detento no Broward Transitional Center (BTC) testou positivo para a doença causada pelo novo coronavírus até o momento. Mas os defensores temem que haja mais e as famílias dos detidos dizem que estão desesperadamente preocupadas com seus entes queridos.
“Eles precisam ser libertados”, disse a esposa de Guillermo, Adri, que pediu que seu nome completo não fosse publicado porque é indocumentada. “Ninguém tem que morrer lá dentro. Com o vírus, existem muitos riscos e somos todos seres humanos”.
Guillermo é asmático, e Adri se preocupa com o sofrimento dele se contrair o COVID-19. Antes de vir para os Estados Unidos, ele era mecânico de automóveis em Cuba. A esposa disse que o marido pediu asilo, mas perdeu o caso e tem uma ordem de deportação pendente. Eles estão juntos há cinco anos, e ela relatou que está aguardando a libertação dele para que possam continuar suas vidas juntos.
Ela espera que o advogado com que Guillermo se encontrou recentemente seja capaz de garantir sua libertação. Um processo recentemente aberto no tribunal federal de Miami, que alega que o ICE está desconsiderando as diretrizes de detenção dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, sigla em inglês), pede a libertação de detidos de três instalações no estado: o Broward Transitional Center, o Krome, Centro de Processamento, em Miami-Dade, e o Centro de Detenção do Condado Glades, em Moore Haven.
Grupos de defesa, incluindo Friends of Miami-Dade Detainees e United We Dream, que não fazem parte do processo, organizaram protestos com os manifestantes dentro de carros exigindo a libertação de imigrantes detidos.
O porta-voz do ICE, Bryan Cox, disse que quem chega às instalações tem sua temperatura verificada. “Qualquer pessoa que tenha um resultado positivo em um centro da agência de imigração é colocada em isolamento médico”, afirmou. “Aqueles que podem ter tido contato com essa pessoa são colocados em ‘coorte médico’”, continuou.
O processo contra o ICE afirma que a coorte pode espalhar o vírus mais rapidamente.
Em nível nacional, 1.460 detidos foram testados positivo para a COVID-19. No mês passado, o ICE anunciou que a agência receberá mais de 2.000 kits de teste por mês para rastrear os detidos antes de serem deportados.
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Fonte: Redação – Brazilian Times.
Fonte: Brazilian Times