
Paul Acres pegou uma garrafa de água gelada e descansou de seu turno de 8 horas em um centro de…
Paul Acres pegou uma garrafa de água gelada e descansou de seu turno de 8 horas em um centro de processamento de imigração perto da fronteira entre o Texas e o México. Vozes falando em espanhol, inglês e francês reverberaram nas paredes de concreto dentro do saguão principal enquanto ele voltava a sua atenção para uma figura sentada sozinha em um canto.
Apontando o dedo para o pequeno imigrante do Haiti, Acres desejou que outros pudessem ver o que ele vê: um garotinho de 6 anos sentado em uma cadeira dobrável de metal rindo ao assistir uma programação infantil na televisão.
“O que essas 200 pessoas estariam fazendo sem comida ou transporte? Para onde eles iriam?”, indagou ele.
Algumas amigos pararam de falar com ele e ainda lhe perguntaram: “Você vai até a loja, então você está ajudando esses estupradores e assassinos?”.
Acres, um veterano de 50 anos que serviu no Iraque e no Afeganistão, é um voluntário frequente no Centro de Coalizão Humanitária da Fronteira Val Verde, em Del Rio, Texas – a poucos passos do Rio Grande.
A coalizão oferece às famílias imigrantes que buscam asilo nos EUA acesso a telefones, banheiros, chuveiros, lavanderia, refeições, pernoite quando necessário, e conecta-os com o transporte fora de Del Rio.
“Às vezes lidamos com cerca de 200 pessoas por dia que foram deixadas aqui por agentes da patrulha de fronteira”, disse um voluntário. “O que essas 200 pessoas estariam fazendo sem comida ou transporte? Para onde eles iriam?”, indaga.
A resposta é esta: antes dos membros da comunidade de Del Rio se unirem para criar o seu próprio centro de imigração, os imigrantes eram deixados para vagar pelas ruas e se defenderem sozinhos.
Acres disse que isso está acontecendo ao longo da fronteira e como as organizações estão desempenhando um papel cada vez mais crítico nos esforços para oferecer socorro a uma crescente crise humanitária. “(Você) precisa vir aqui e ver o que está acontecendo”, disse ele. “Essas são pessoas, são crianças inocentes, bebês. A comunidade precisa ver um rosto humano nisso”, finalizou.
Fonte: Redação Braziliantimes
Fonte: Brazilian Times