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Ativista vai a julgamento por ajudar imigrante na fronteira do Arizona

Um ativista foi indiciado por ajudar dois imigrantes na fronteira do estado do Arizona com o…

Um ativista foi indiciado por ajudar dois imigrantes na fronteira do estado do Arizona com o México. De acordo com as informações, Daniel Warren, de 36 anos, forneceu com água, comida e hospedagem aos indocumentados. Ele, que deverá ir a julgamento, afirmou que seus valores espirituais o obrigam a ajudar todas as pessoas em perigo.

O julgamento está marcado para começar nesta quarta-feira, dia 29, em Tucson. Ele responderá por abrigar imigrantes indocumentados e conspirar para transportar e abrigar dois homens encontrados com ele e que estavam ilegalmente nos Estados Unidos.

Milhares de migrantes morreram atravessando a fronteira desde meados da década de 1990, quando o aumento da fiscalização em San Diego e em El Paso, no Texas, forçou a travessia a ir para os desertos escaldantes do Arizona.

Os promotores argumentaram que Kristian Perez-Villanueva e Jose Arnaldo Sacaria-Goday, os dois imigrantes, nunca estiveram em perigo.

Os pais de Warren reuniram mais de 126.000 assinaturas em uma petição on-line pedindo ao tribunal para desistir do caso. Eles entregaram as petições na sexta-feira.

Em uma moção para rejeitar as acusações, a equipe de defesa de Warren argumentou que seu cliente “não poderia, de acordo com sua consciência e crenças espirituais, deixar dois imigrantes morrerem no deserto”.

“Para muitos, a decisão termina em uma dolorosa e solitária morte nas regiões remotas do Deserto de Sonora”, escreveram Pam e Mark Warren, pais de Warren, na petição patrocinada pela MoveOn, um grupo de defesa progressista.

“Ninguém merece morrer no deserto. Ninguém merece ir para a prisão por tentar impedir essas mortes”, disse.

Warren é voluntário do grupo humanitário No More Deaths, que ajuda imigrantes perto da fronteira no Arizona fornecendo suprimentos. Ele foi preso no início de 2018 quando agentes da Patrulha da Fronteira o encontraram em uma propriedade em Ajo, a 64 quilômetros ao norte da fronteira, onde os dois imigrantes recém-chegados estavam hospedados. O edifício é usado por grupos sem fins lucrativos.

Ao longo de vários dias, Warren fornece aos dois, camas, roupas limpas, comida e água, de acordo com as autoridades.

Os imigrantes disseram aos agentes que ficaram sabendo sobre o prédio durante uma pesquisa on-line relacionada a maneiras de atravessar a fronteira.

A prisão de Warren aconteceu várias horas depois que No More Deaths deu aos órgãos de imprensa vídeos de um agente da Patrulha da Fronteira chutando jarras de água destinadas a imigrantes e outro agente derramando galões de água no chão.

Fonte: Redação Braziliantimes

Fonte: Brazilian Times