O jornal Brazilian Times acompanha a viagem do goiano Paulo Henrique, que saiu da Califórnia no…
O jornal Brazilian Times acompanha a viagem do goiano Paulo Henrique, que saiu da Califórnia no dia 1º de Dezembro rumo ao Brasil. Com quase dois meses de viagem, ele conheceu alguns países da América Central e do Sul, novas culturas, fez amizades e passou por maus e bons momentos. A aventura já está quase no fim e nos próximos dias, ele estará em território brasileiro.
Mas antes de entrar na América do Sul, Paulo ficou 15 dias parado em Cartagena (Colômbia), a esperar pela entrega do seu carro. Ele explicou à redação deste jornal que precisou embarcar o veículo no Panamá e o processo foi mais difícil e demorado do que o esperado. “A burocracia do setor aduaneiro foi bastante complicado e moroso”, afirma.
Assim que pegou seu veículo, Paulo retornou à sua aventura e seguiu viagem. Passando pela Colômbia, ele destaque que o país tem três cordilheiras e foi o lugar mais difícil para dirigir. “A geografia da região aliada aos maus condutores oferece um grande perigo. Os motoristas não precisam fazer testes para entender a legislação de trânsito”, disse. “Mas as péssimas condições das rodovias são o que mais contribuem para dificultar a nossa direção e tornar a viagem mais demorada”, continua.
Paulo acrescenta que as condições das estradas o obrigou a forçar muito o motor do veículo, o que acabou quebrando-o. “Mais uma vez fiquei parado a espera de resolver o problema”, fala que contou com a ajuda de um “anjo da estrada”, para o salvar.
De acordo com ele, um colombiano deixou de lado o seu caminhão e o trabalho de um dia para se colocar à disposição do goiano. “Eu estava preocupado porque não conhecia a região e ele me ajudou a encontrar uma boa oficina, me ajudou a encontrar as peças de reposição na Venezuela, pois na Colômbia não havia mecânica para o meu tipo de veículo”, fala. “Se ele não tivesse me ajudado, não sei o que faria, pois teria uma tremenda dor de cabeça para encontrar o material que o mecânico precisava para arruma o carro”, seguiu.
Com a ajuda do caminhoneiro, Paulo conseguiu fazer o pedido e alguns dia depois ela chegou. O veículo foi consertado e ele seguiu viagem, rumo ao Equador.
Mas nem tudo foi pedras nesta parte do percurso. Paulo curtiu momentos de descontração em Cartagena, uma cidade portuária na costa caribenha da Colômbia. À beira-mar, fica a murada Cidade Antiga, fundada no século XVI, com praças, ruas de paralelepípedos e coloridos prédios coloniais. Com um clima tropical, a cidade também tem praias muito procuradas.
Uma região linda e que o goiano fez questão de conhecer durante o tempo que ficou parado, a espera de seu veículo. Depois de sair da Colômbia, Paulo passou pelo deserto no Peru, que acompanha quase toda a Costa do Pacífico. Apesar de ser considerado o mais seco do planeta, ele oferece um dos lugares mais bonitos do mundo.
Paulo também conheceu o Observatório de Linhas e Geoglifos de Nazca, visitou a cidade perdida no Peru e teve a oportunidade de participar de uma festa tradicional em Puno, uma região andina e um centro de comércio regional considerado a “capital folclórica” do Peru, devido aos festivais tradicionais com música e dança vibrante.
Durante este percurso Paulo encontrou pessoas que moram em casas feitas de pedras naturais. “Tudo muito simples e primitivo, mas lindo e emocionante”, fala. “Também tive a oportunidade de caminhar pela Cordilheiras dos Andes antes de entrar no Brasil”, continua.
Paulo entrou no território brasileiro através do estado do Acre. Quando ele conversou com a redação do BT, no dia 20, estava na cidade de Rio Branco. Devido a uma incompatibilidade do combustível brasileiro com o veículo fabricado nos Estados Unidos, Paulo foi obrigado a seguir viagem em um ônibus sentido Goiás. “Não entendi direito, mas ocorreu uma falha no funcionamento da camionete”, afirma. “O veículo foi embarcado em um caminhão-cegonha até Goiânia”, segue.
Ele destaca que durante toda a sua aventura encontrou pessoas que se dispuseram a ajudar e deram total apoio para que ele seguisse o seu sonho. “Mas infelizmente fiquei decepcionado com a Embaixada do Brasil no Peru. Eles fizeram um descaso e não forneceram os documentos que eu precisava para entrar em meu país natal. Fui com fé até a fronteira e a receita federal me atendeu e muito bem”.
Paulo explica que recebeu um atendimento cinco estrelas na Receita, mas na Embaixada foi um descaso. “Acredito que a falta de apoio se deve ao despreparo dos funcionários sobre leis e como proceder no meu tipo de caso”, afirmou. “Agora é curtir as memórias desta aventura que me engrandeceu como ser humano”, finaliza.




Fonte: Redação – Brazilian Times.
Fonte: Brazilian Times