O número de brasileiros presos na região da Nova Inglaterra, no Nordeste dos Estados Unidos, subiu de 85, em janeiro, para 164 por conta da política que Donald Trump implantou contra os imigrantes. A região, que abriga os Estados de Massachusetts, Connecticut, Maine, Vermont, Nova Hampshire e Rhode Island, é uma das que mais recebe imigrantes brasileiros. Dos mais de 2 milhões de brasileiros que vivem nos Estados Unidos, calcula-se que 400 mil estão vivendo na região.
Segundo Jamil Chade, do UOL, que publicou os dados do aumento de prisões na Nova Inglaterra, o governo Lula tem ciência dos números, mas os trata com sigilo “para que não se estabeleça uma crise política com a Casa Branca. Mas são considerados como a primeira constatação prática de que a operação de Trump contra a imigração tem abalado a comunidade brasileira no país”.
Três dias depois da posse de Donald Trump, 85 brasileiros estavam nas prisões da Nova Inglaterra. Agora, esse número saltou para 164. Para deixar os brasileiros imigrantes com medo de sair até mesmo para trabalhar, as autoridades americanas têm realizado prisões nas ruas durante abordagens.
Segundo o órgão de imigração dos EUA, o ICE, nos 50 primeiros dias governo Trump, realizou 32.809 prisões. Esse número se aproxima do total de prisões realizadas ao longo do ano de 2024, quando foram 33.242. O número de prisões de brasileiros vinha caindo desde 2021, passando de 9.800 para 1.100 em 2024. Somente em janeiro de 2025, 349 brasileiros foram presos pelas autoridades dos EUA. Depois de prender os imigrantes, o governo dos EUA os extradita para os países de origem.
O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania do Brasil informou que, nesta sexta-feira (25), um voo com mais 84 deportados pelos EUA chega a Fortaleza. Esse é o sétimo voo com pessoas deportadas desde o início do governo Trump. A Força Aérea Brasileira (FAB) receberá em Fortaleza para seguir voo até Belo Horizonte. O governo federal está oferecendo aos repatriados suporte para contato com familiares e apoio logístico para deslocamento até suas cidades de origem, além de atendimento de saúde.
Fonte: Brazilian Press