Jose Hermosillo, de 19 anos, visitava a região de Tucson, no Arizona, quando foi detido por agentes da Border Patrol em Nogales, perto da fronteira com o México. Segundo os documentos da corte, os agentes alegaram que ele não tinha documentos migratórios e que teria admitido ter entrado ilegalmente no país. Porém, Hermosillo é cidadão americano, nascido no estado do Novo México.
O caso virou destaque depois que a Arizona Public Media revelou que Hermosillo ficou quase 10 dias preso, até que um juiz federal arquivou o caso no dia 17 de abril. Durante esse tempo, a família da namorada dele precisou fazer uma busca para encontrá-lo, até descobrir que ele estava em um centro de detenção do ICE em Florence, operado por uma empresa privada. Quando os familiares finalmente conseguiram apresentar sua certidão de nascimento e número do Social Security, ele foi solto.
Essa prisão por engano acontece no meio de uma série de medidas rígidas contra imigrantes desde o início do novo governo, com ações mais contundentes por parte dos agentes migratórios, inclusive envolvendo outras agências do governo. Em três meses de mandato, turistas foram detidos por engano e estudantes estrangeiros perderam os vistos — em alguns casos, por motivos políticos.
Mesmo após a liberação de Hermosillo, o Department of Homeland Security negou o erro e disse que ele teria afirmado ser cidadão mexicano. Os números, porém, mostram que esse tipo de erro não é novidade: entre 2015 e 2020, o ICE já havia detido 674 cidadãos americanos.
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Fonte: AcheiUSA