A modelo e ex-Miss Brasil Francielly Ouriques viveu um pesadelo ao ser detida e deportada pelos Estados Unidos no início de abril. A influenciadora, que viajava para o festival Coachella, foi flagrada com um analgésico opioide proibido no país e teve mensagens em seu celular interpretadas como indício de “trabalho ilegal”.
O caso, compartilhado por ela em redes sociais, expõe os riscos de viajantes que desconhecem as rigorosas leis americanas.
Natural de São José (SC) e moradora de Florianópolis, Francielly desembarcou em Chicago para uma conexão quando foi abordada por agentes de imigração. Questionada se carregava algo ilícito, negou, mas teve a bagagem e o telefone revistados. Em suas malas, encontraram uma cartela de Tramal — medicamento controlado nos EUA — e, no celular, conversas sobre abertura de empresa e obtenção de green card.
Detenção em condições “desumanas”
A modelo afirmou ter ficado cinco horas em uma cela a 3°C, vestindo apenas uma peça de roupa, sem casaco ou acesso a advogados. “Foi humilhante”, desabafou. As autoridades cancelaram seu visto sob a justificativa de que ela representava uma “ameaça” e a deportaram sem contato com o consulado brasileiro.
Além do remédio, outro erro foi despachar a mala de um amigo como se fosse sua. “Aprendi na prática que não devia ter feito isso”, admitiu. O Tramal, analgésico à base de tramadol, é proibido nos EUA sem prescrição, mas Francielly disse não saber da restrição. O caso reacende discussões sobre a fiscalização de imigrantes e a falta de informação sobre medicamentos permitidos. Para especialistas, situações como a da ex-miss poderiam ser evitadas com orientação prévia sobre as regras locais.
Fonte: Brazilian Press