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Joe Biden fará nesta terça-feira (15) seu primeiro discurso público desde que deixou a presidência dos Estados Unidos, abordando a situação da Previdência Social sob o governo de Donald Trump. Aos 82 anos, o ex-presidente escolheu um evento em Chicago, promovido pela conferência nacional de Advocates, Counselors and Representatives for the Disabled, para abordar um tema sensível a milhões de americanos e que pode pesar nas eleições legislativas do próximo ano.
Embora tenha feito algumas aparições recentes – como ao lado de Jill Biden na Broadway –, Biden não vinha se pronunciando publicamente. No entanto, as recentes ações de Trump, como os cortes de milhares de funcionários da Administração da Previdência Social (SSA) e a polêmica permissão para que o “Departamento de Eficiência Governamental” liderado por Elon Musk acesse dados pessoais de beneficiários, reacenderam o debate. Musk já chegou a chamar a Previdência Social de “o maior esquema Ponzi de todos os tempos”.
O evento contará ainda com figuras de peso de ambos os partidos, como os ex-senadores Roy Blunt (republicano) e Debbie Stabenow (democrata), além do ex-administrador da SSA, Martin O’Malley. A expectativa é que Biden reforce a importância da proteção aos direitos de aposentados, pessoas com deficiência e cidadãos de baixa renda, frente ao que os democratas consideram uma ofensiva da nova gestão contra o sistema.
Além dos cortes e novas exigências para comprovação de identidade, usuários têm reclamado de falhas no sistema “my Social Security”, longas esperas por atendimento e notificações equivocadas sobre cancelamento de benefícios. O governo atual afirma que essas mudanças visam combater fraudes e reduzir desperdícios, mas o impacto sobre milhões de dependentes tem gerado preocupações.
Mesmo com baixos índices de aprovação – apenas 39% segundo o Gallup –, Biden ainda mantém um escritório em Washington, embora viva em Delaware. Apesar de ter abandonado sua tentativa de reeleição após um fraco desempenho em debates, ele mostra agora que ainda pretende influenciar o debate público, especialmente em temas sociais cruciais.
Fonte: Nossa Gente