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STF decide se Bolsonaro será réu por tentativa de golpe; ministros rejeitam enviar julgamento a plenário; siga votos

Antes dos advogados dos denunciados fazerem suas defesas no plenário do Supremo na manhã de hoje, o procurador-Geral da República, Paulo Gonet, teve 30 minutos para defender a sua acusação.

Em sua fala, Gonet disse que as provas apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF) são suficientes para atestar que os envolvidos atuaram mediante organização criminosa para a prática de diversos crimes.

Gonet defendeu também que a denúncia que a PGR ofereceu cumpriu todos os requisitos necessários para ser aceita pela Suprema Corte: todos os fatos estão narrados em ordem cronológica, com a indicação dos envolvidos e a descrição suficiente da participação de cada um.

“Todos aceitaram, estimularam e realizaram atos tipificados na legislação penal de atentado contra a existência e independência dos Poderes e o Estado Democrático de Direito”, afirmou Gonet na manhã de hoje.

De acordo com Paulo Gonet, os atos de 8 de janeiro de 2023 foram a última tentativa da organização criminosa. “A decisão dos generais de se manter no seu papel constitucional foi determinante para que o golpe, por fim, tentado, posto em curso, não prosperasse. Mas, crimes houve. E não somente os crimes de dano”, afirmou.

A sessão no Supremo volta em breve para decidir se aceita ou não a denúncia feita pela PGR. Caso aceite, Bolsonaro e mais sete aliados virarão réus.

Paulo Gonet

Crédito, EPA

Fonte: BBC