

Liana Sá, de 55 anos, atuava como paramédica em New Jersey e também transportava pessoas contagiadas pelo vírus fatal
Na tarde de domingo (5), Liana Sá, de 55 anos, natural do Rio de Janeiro, moradora no bairro do Ironbound, em Newark (NJ), tornou-se mais uma vítima fatal do surto de coronavírus que assola os EUA. Segundo amigos, a brasileira, que atuava como paramédica do Watchung Rescue Squad, foi diagnosticada recentemente, através do teste rápido, com a doença e estava em casa de quarentena. Entretanto, na segunda-feira (30), o estado de saúde dela se agravou e, então, foi levada a um hospital local, na terça-feira (31), onde ficou internada até à tarde de domingo (5), às 5:30 pm, quando faleceu.
Conforme o perfil dela no Facebook, Liana graduou-se em Educação Física pela antiga Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro, lecionou no CIEP Brizolão Almedorina Azeredo, atuou na ONG Viva Rio, antes de imigrar aos EUA, e cursou Associate Sciente no Union County College e foi voluntária no Ironbound Ambulance Squad, no mesmo bairro onde residia. Além disso, ela ministrava o curso de 1º Socorros (CPR) na sede da ONG Mantena Global Care, também em Newark (NJ).
Antes de ser diagnosticada, Liana trabalhou intensivamente no transporte de pessoas portadoras do coronavírus em New Jersey. Segundo detalharam amigos, ela sofria de asma e, apesar das medidas de proteção, isso pode ter sido uma das principais razões do contágio.
Além do desejo expressado em vida, o corpo de Sá será cremado, sem velório, e as cinzas serão enviadas ao Brasil, onde ela tem a mãe e irmãos vivos. As determinações de saúda pública não recomendam cerimônias fúnebres com a aglomeração de pessoas e caixões abertos nos casos envolvendo a contaminação pelo vírus fatal.
. Outro brasileiro morre:
Em menos de 24 horas, Liana foi a segunda brasileira no bairro do Ironbound a sucumbir ao vírus fatal. Na noite de sábado (4), Paulo de Andrade Lage, de 54 anos, natural de Alpercata (MG), morador em Newark (NJ), faleceu em decorrências de complicações provocadas pelo coronavírus. Ele residia na Napoleon St., no bairro do Ironbound, e realizava periodicamente o tratamento de hemodiálise numa clínica localizada na South Street, no mesmo bairro. A equipe médica, parentes e amigos especulam que ele possa ter adquirido o vírus fatal durante o tratamento e, consequentemente, a proximidade física com outros pacientes também debilitados; devido à baixa imunidade biológica.
Apresentando o quadro de fluído nos pulmões, o mineiro estava internado no Saint Michael Hospital, no centro de Newark (NJ), onde veio a falecer. Em 30 de março, ele telefonou para os parentes e os informou que havia sido diagnosticado com o coronavírus, portanto, a visitação a ele foi sumariamente proibida pelos médicos. Segundo parentes, o corpo de Paulo será cremado, também não havendo velório.
O número de mortes associadas ao coronavírus subiu para pelo menos 917 em New Jersey no domingo (5). Pelo menos 37.505 pessoas testaram positivo para o vírus, embora aproximadamente 80 a 85% dos casos sejam leves ou moderados, disseram autoridades estaduais de saúde. Outros 44.661 em New Jersey testaram negativo para COVID-19.
Fonte: Brazilian Voice