
Flávio Machado da Silva, de 39 anos, foi fatalmente golpeado por Simara da Silva Santos, de 32 anos, que alegou legítima defesa
A família de um brasileiro que morreu em Portugal pede ajuda para trazer o corpo e enterrá-lo em Goiás, onde ele nasceu. Segundo parentes, Flávio Machado da Silva, de 39 anos, foi esfaqueado até a morte depois de uma briga com sua namorada, Simara da Silva Santos, de 32 anos, que alegou legítima defesa. Ela está presa, de acordo com a família dela. O crime ocorreu em Portugal. As informações são do website Time 24 News.
Flávio, que trabalhava na construção civil, foi assassinado na madrugada de segunda-feira (20), em Odivelas, na Região Metropolitana de Lisboa. Ele morava com um irmão, Nilson Machado da Silva, que estava em uma viagem turística pela Bélgica. O caso está sendo investigado pela Polícia Judiciária de Portugal.
Outro irmão de Flávio, o pedreiro Nivaldo Machado da Silva, que reside em Goiânia (GO), disse que a família está tentando se mobilizar para trazer o corpo e realizar o enterro em Turvânia, a 92 km da capital, onde cresceu. No entanto, os familiares da vítima precisam de ajuda, porque os custos com o traslado do corpo são altos.
“já pesquisamos e custa cerca de R$ 23 mil (US$ 5.500) para trazer o corpo. Nós desejamos fazer isso porque o último desejo de nossa mãe é vê-lo e poder enterrá-lo aqui. Nós não temos esse dinheiro. Até agora, ela não acredita no que aconteceu”, relatou Nivaldo à imprensa local.
Em nota, o governo de Goiás disse que libera uma determinada quantia para pagar a cremação e as despesas com o traslado das cinzas de goianos mortos no exterior.
O Itamaraty informou que ainda não foi contatado oficialmente pela família da vítima e que os consulados em Portugal estão prontos para ajudar se forem chamados. O Ministério das Relações Exteriores também destacou que o Governo Federal não paga pelo traslado de corpos de volta ao Brasil.
Nivaldo disse que Flávio vivia em Portugal há 17 anos. Ele era casado e tem uma filha, mas recentemente se separou. Há menos de um mês, de acordo com parentes, ele começou a namorar Simara. O irmão da vítima relata que, apesar do pouco tempo, o relacionamento parecia tranquilo.
“A família está abalada, ninguém esperava isso. Não tínhamos muita informação sobre ela, mas conversei com ele recentemente e ele estava feliz. Ele disse ter encontrado uma boa pessoa”, revelou Nivaldo.
Nelson está tentando acelerar os trâmites burocráticos para liberar o corpo.
Amigo de Simara, Elisângela Araújo, relatou à imprensa local que ainda tenta entender o que aconteceu.
“É angustiante não saber o que aconteceu. Queremos ajuda das autoridades brasileiras, pelo menos para esclarecer o que aconteceu“, disse Araújo.
Família de Flávio Machado da Silva pede ajuda para levar o corpo dele para o Brasil para velório e sepultamento em Goiás.
Este é o primeiro assassinato registrado em 2020 em Portugal. Segundo jornais locais, Flávio teria sido fatalmente esfaqueado após uma discussão conjugal. Simara alega ter agido em legítima defesa, pois os dois teriam se envolvido em uma briga depois uma crise de ciúmes quando seu namorado a agrediu.
Simaria viajou para Portugal com visto de turista, mas trabalhou em Lisboa como cuidadora de idosos. Um vizinho do casal de brasileiros concedeu uma entrevista à emissora TVi e relatou que a filha de 14 anos já teria ouvido o casal discutir várias vezes. Ele acrescentou que, apesar disso, os dois eram pessoas caladas.
“Com exceção das sextas-feiras, quando faziam churrasco, eles colocavam música alta e enchiam de pessoas por aqui”, disse o vizinho à emissora.
Fonte: Brazilian Voice