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Resultado do primeiro trimestre dissipa qualquer rastro de otimismo

As boas notícias, porém, param por aí, enquanto as más parecem ser muitas. Cada leitura de relatório de especialistas parecia chamar a atenção para algum aspecto negativo adicional, seja sobre o PIB, seja sobre outros indicadores.
O economista e colunista da Folha Alexandre Schwartsman conclui ressaltando, por exemplo, o quão fraca tem sido a atual recuperação se comparada às registradas após outras crises que tinham levado a contrações semelhantes.
Cinco trimestres após o fim da última recessão, diz ele, o PIB apresenta agora crescimento acumulado de apenas 2,7%. O número é menos da metade dos cerca de 6% de expansão contabilizados 15 meses depois de ciclos recessivos comparáveis, ocorridos nas décadas de 1980 e 1990.
Alberto Ramos, economista da Goldman Sachs, chama a atenção para um significativo aumento de estoques no primeiro trimestre. Segundo ele, isso sugere um crescimento mais forte da oferta do que da demanda, desequilíbrio que costuma ser corrigido por menores investimentos e, portanto, crescimento mais fraco na sequência.
O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, diz que dados referentes a abril indicavam que a fraqueza da economia persistia e que, após a greve dos caminhoneiros, o cenário parece ter se agravado.

Fonte: Folha de S.Paulo