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Reação de militares a protesto causa preocupação na cúpula do governo

Além do perigo de confronto, há a possibilidade de soldados se negarem a fazê-lo, o que seria fatal para a já combalida autoridade do governo.
A avaliação é atenuada por alguns oficiais generais mais experientes. Um deles afirmou que o maior problema neste momento é a disseminação de boatos e notícias falsas em grupos de WhatsApp –citou dois vídeos em que supostos oficiais da ativa, na verdade pessoas com uniformes improvisados, garantiam apoio a manifestantes.
Estão sendo monitorados, contudo, atos como os que ocorreram em frente a quartéis em Minas e Rio Grande do Sul no fim de semana, com parentes de manifestantes pedindo intervenção militar.
O instrumento é previsto no artigo 142 da Constituição, para garantia da lei e da ordem, mas o texto é explícito acerca da subordinação ao presidente da República.
A pauta não é consensual mesmo entre manifestantes. “Não é mais o movimento dos caminhoneiros, são grupos que pedem intervenção militar, sendo que quem está negociando conosco é o presidente da República”, disse José Fonseca Lopes, presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros.
“Pedir intervenção desmoraliza o bom caminhoneiro”, afirmou ele.Há insatisfação também com o chamado efeito “posto Ipiranga”, apelido dado no Ministério da Defesa ao emprego polivalente das Forças Armadas –a referência é, ironicamente dado o contexto do protesto atual, à propaganda da rede distribuidora de combustíveis que sugere solução de problemas diversos em seus postos.

Fonte: Folha de S.Paulo

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