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Moeda rival da bitcoin, Ripple, pretende conquistar bancos

20/01/201802h00Em outubro, a Ripple, empresa criada cinco anos atrás, se vangloriou de ser uma das “start-ups mais valiosas” dos EUA, “atrás de Uber, Airbnb, Palantir e WeWork”.
Ainda que seu negócio central, de tecnologia para o setor financeiro, não tenha causado muito desordenamento, a mania das criptomoedas gerou forte crescimento para o XRP, a moeda digital criada pela Ripple.
A cotação do XRP subiu 36.000% em 2017 e atingiu valor de mercado semelhante ao do bitcoin —as reservas da Ripple eram avaliadas em US$ 200 bilhões, no Natal.
O XRP é uma criptomoeda singular. Diferentemente do bitcoin, rebelde e descentralizado e criado depois da crise financeira em meio a uma onda de desconfiança quanto aos bancos, o objetivo do XRP supostamente é o de azeitar a obsoleta infraestrutura dos serviços bancários.Peter DaSilva/The New York TimesChris Larsen, fundador do RippleMas a galinha dos ovos de ouro da Ripple, cuja cotação caiu nas últimas semanas, gera perguntas desconfortáveis.
Embora as soluções de tecnologia da empresa para sistemas rápidos de pagamentos impressionem alguns financistas, a volatilidade do XRP, e o fato de que a Ripple detenha mais de metade dos 100 bilhões de XRP emitidos até agora (só Chris Larsen, um de seus fundadores, teria 5,2 bilhões), enerva os bancos, que os proponentes da moeda esperavam viessem a adotá-la como moeda-ponte.

Fonte: Folha de S.Paulo

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