O sumo pontífice nunca escondeu sua ligação com o peronismo, modelo que recusa a luta de classes, colocando os pobres e excluídos no centro do debate, e que inspirou a doutrina social do jesuíta. Porém, os que chamam Francisco de “papa peronista”, esquecem que, mesmo se ele atuou muito nos bairros pobres de Buenos Aires quando era arcebispo, o atual chefe da Igreja Católica sempre teve uma relação tensa com a ex-presidente Cristina Kirchner. Essa posição de Bergoglio não teria mudado. A única diferença é que, agora, sua mensagem tem mais peso e que alguns, entre eles os Kirchner e os líderes sociais, utilizam-na politicamente.
